Ministério da Agricultura libera 42 agrotóxicos químicos, entre eles, 24 não autorizados na União Europeia

Por Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida

No último dia 13 de fevereiro, o Diário Oficial publicou dois atos do Ministério da Agricultura, liberando no total 48 agrotóxicos. Destes, 6 são produtos biológicos, e 24 são agrotóxicos químicos que não têm autorização na União Europeia. Entre eles, estão o fipronil e imidacloprido, muito tóxicos para abelhas, e o diquat, causador de danos no sistema nervoso central, incluindo doença de Parkinson.

O governo Bolsonaro, em seus quatro anos, liberou 2182 novos produtos agrotóxicos. Os ruralistas, defendendo os interesses das transnacionais dos venenos, operaram um verdadeiro balcão de negócios no Ministério da Agricultura. Sem notícia de nenhuma nova contratação, o ritmo de análises de novos produtos aumentou até 4 vezes em relação ao padrão registrado nos governos FHC, Lula e Dilma. Nunca houve explicações à sociedade sobre como avaliações tão complexas passaram a ser feitas de forma tão rápida.

Os primeiros 45 dias do novo governo Lula já mostram uma mudança radical, seja na política externa, na defesa dos povos indígenas ou nas políticas sociais. No entanto, se for mantida a política de liberação indiscriminada de agrotóxicos, isso representará uma contradição ao programa de governo aprovado nas urnas, e uma frustração das expectativas do povo brasileiro e da comunidade internacional em relação ao novo governo.

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida e suas organizações cobram do governo, em especial do Ministério de Agricultura:

• Revisão geral do método de avaliação de registros de agrotóxicos pelo MAPA;
• Publicação, na íntegra, das análises de risco dos produtos aprovados;
• Publicação dos estudos toxicológicos e ambientais destes produtos; e
• Moratória para aprovação de novos produtos contendo substâncias banidas em outros países do mundo, até que estes produtos possam ser reavaliados e banidos também no Brasil.

16 comentários

  1. Com o Ministério Da Agricultura Nas Mãos Do Agronegócio Predatório, Nós, Enquanto Sociedade, Se Não Pressionarmos a Cúpula do Governo e Fizermos Muito Barulho, Vamos Passar Mais 4 Anos Sob a Batuta da Monsanto , Bayer e Demais Indústrias Da Morte, Cujos Produtos Chegam No Mercado Travestidos De Defensivos e Fertilizantes! Na Verdade, Sabemos Todos, Eles Produzem e Nos Empurram Goela Abaixo Venenos, Adquiridos A Peso De Ouro Pelo Brasil!

  2. Não podemos aceitar a liberação desta quantidade de agrotóxicos. Dai venenos para o nosso corpo. Os interesses que estão por trás e uma situação criminosa.

        • Realmente o comentário do “José das Dores” foi duma infelicidade e ignorância estupendas e, provavelmente, o bom senso, para avaliar a inconsistência do conteúdo postado por ele próprio, foi incluso no processo de extinção. Não descartemos, no entanto, a consideração sobre a ação de perfis FAKE’s, nem a existência de eternas paixões bolsonazifascistas. Mas, deixemos a boiada passar…

      • O desgoverno Bolsonaro liberou mais de 2.000 agrotóxicos 🤨. Mas o q interessa é q todos se mostrem ao contrário, já q envolve a saúde de todos nós

  3. Matéria tendenciosa e mentirosa. Eu trabalho com defensivos a mais de dez anos e se nesses dez anos tiverem entrando 100 moléculas nova eu dou meu salário. Na verdade o que ocorre é a liberação de outras empresas de copiarem os defensivos já existentes. Nós últimos anos foram tirados os piores defensivos do mercado “clorados” orgaclorados, fosforados,organofosforados, metilcarbamato entre outros. A nossa legislação é muito chata em relação a defensivos. Eu gostaria muito que todo ano entrasse no mínimo uns dez defensivos novos, pois eles são menos perigosos suas carências são menores e são menos agressivos. É um retrocesso brigar contra a liberação de novos ativos. Pelo amor de Deus, deixem de ser burro e vão ler mais sobre os defensivos, no site da própria Anvisa tem tudo lá.

  4. É bom diminuir o uso de agrotóxicos, principalmente herbicidas, assim vai sobrar mais empregos no agro. Vai precisar de mais mão de obra para controlar as ervas daninhas nas lavouras.
    É o Agro gerando mais empregos, não sei se vamos arrumar alguém pra pegar no Cabo da enxada….

  5. CHEGA DE ENVENENAR O POVO.. BANDO DE POLÍTICOS COMPRADOS PELO SISTEMA.. CHEGA DE ASSASSINAR O POVO..🤡🤡👹👹🇧🇷👁️👁️

  6. […] Em nota, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida ressalta que o governo de Jair Bolsonaro operou um verdadeiro balcão de negócios no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para a liberação de venenos agrícolas. “Nunca houve explicações à sociedade sobre como avaliações tão complexas passaram a ser feitas de forma tão rápida”, alerta o texto.O movimento pontua que a eventual manutenção por Lula da política de liberação indiscriminada adotada por Bolsonaro representará “uma contradição ao programa de governo aprovado nas urnas, e uma frustração das expectativas do povo brasileiro e da comunidade internacional em relação ao novo governo”. […]

  7. A aplicação desses produtos não atinge apenas a saúde humana e animal mas aos ecossistemas e a água como um todo, contaminado nascentes e lençóis freáticos. Vários cientistas, pesquisadores e funcionários de órgãos de fiscalização vêm sofrendo assédio e ameaças até de vida por fazerem denúncias e publicarem artigos cientificos e resultados de suas investigações sobre os impactos desses produtos na saúde e no meio ambiente. Alguns pesquisadores tiveram inclusive que sair do país por ameaças de morte por parte de alguns meliantes defesensores desses produtos ou a serviço de grandes usuários. Vivemos tempos extremos. O planeta grita por socorro, é o único que temos e se não cuidarmos dele morreremos todos. Ou mudamos agora racionalizando os modos de produção ou a manutenção dessas práticas levarão ao completo esgotamento dos recursos naturais em tempo muito breve. O imediatismo de alguns produtores, que olham apenas dólares em suas plantações represente o fim inevitável de suas próprias produções. Paremos já com esse modo criminoso de produção, transformemos as plantações em algo mais saudável, sem veneno, utilizando o que de melhor a ciência tem para melhorar a qualidade da produção e conquistar mercados que cada vez mais se fecham para produtos produzidos às custas da depredação ambiental e da saúde humana e animal.

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