A semana do meio ambiente em Belém!
Três relatores especiais das Nações Unidas e um relator da Comissão Interamericana de Direitos Humanos uniram-se para denunciar ataques contra direitos dos povos indígenas e contra a proteção ambiental no Brasil.
Nos últimos 15 anos, o Brasil tem assistido ao maior número de assassinatos de ativistas ambientais e do direito à terra em todo o mundo, afirmaram os relatores, citando a média de uma morte por semana. Os povos indígenas estão especialmente ameaçados, disseram.
Agronegócio, a mentira do Brasil
Como temos mostrado já há tempos, o esplendoroso/magnifico/salvador ou simplesmente pop agronegócio não se sustenta em pé.
O nível extremo de dependência de insumos das multinacionais faz com que os produtos tenham um custo de produção altíssimo. O preço de venda, que também está muito longe do seu controle, na maioria das vezes não paga a produção, ou deixa uma margem bem pequena.
O produtor-agro na maioria das vezes já negociou a venda na hora de plantar, e fica assim ainda mais fortemente preso no sistema.
É preciso compreender que o Agronegócio é formado pelas empresas que produzem insumos, os produtores e as emrpesas que escoam a produção pra fora. Apenas a parte do meio é majoritariamente nacional; e amarga o prejuízo. O resto, são Monsanto, Syngenta, Bayer, John Deere, ADM, Cargill, etc etc, que obviamente nunca deixaram de lucrar 1 centavo.
Quem paga a conta? Hum... será que somos eu, você, nós, os R$200 bi do Plano Safra? Será? Será?
O consumo de alimentos cheios de agrotóxicos traz consequências para a saúde em diferentes graus. A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que ocorram 3 milhões de casos de envenenamento por agrotóxicos a cada ano e 220 mil mortes, a maioria em países em desenvolvimento.
O PL passa a chamar os agrotóxicos de “defensivos fitossanitários”. A mudança é “um verdadeiro greenwashing”, afirmou o Ministério Público em nota de repúdio ao projeto. É uma “modificação da imagem mediante métodos [de marketing] que levam a pensar tratar-se de produto ecologicamente responsável”. Para o MP, o termo “agrotóxico” é essencial para que se saiba a nocividade intrínseca ao produto.
Atividades de trabalho coletivo como os mutirões ou puxirões, como são conhecidos regionalmente, desempenham papel fundamental para a vitalidade da agricultura quilombola, promovendo a transmissão do conhecimento, a celebração da colheita e mantendo as práticas do Sistema Agrícola Quilombola.
“[As MPs] podem ter um grande impacto negativo na rica biodiversidade do Brasil, estabelecendo um preocupante precedente para o futuro das áreas protegidas no país e possivelmente ameaçando o recente sucesso brasileiro na contenção do desmatamento.
Com a revisão do Código, na prática, deixamos de restaurar 4,5 milhões de hectares de florestas, que é uma área maior que a do estado do Rio de Janeiro, apesar de essas florestas que protegem os recursos hídricos terem uma enorme importância para a produção de água, a qual é usada tanto para a agricultura quanto para a irrigação, para a geração de energia de elétrica, para as indústrias e para as cidades. Ou seja, abrimos mão da preservação de uma área gigantesca, que tem uma relevância ambiental e ecológica muito grande; não haverá nenhum mecanismo para compensar ou repor essa perda.
O agronegócio é mencionado como ameaça em vários capítulos. Desmatamento, extração de madeira, hidrelétricas e mineração também chamaram a atenção dos pesquisadores, que analisaram 14 unidades de conservação do bioma, na pesquisa intitulada “Mapeamento e análise espectro-temporal das unidades de conservação de proteção integral da administração federal no bioma caatinga”.
"Hoje nós estamos dando o pontapé inicial de uma série de atividades que vamos buscar fazer para trabalhar esse tema da não privatização da água e sim da água como um bem comum, não como mercadoria".
Enquanto os parlamentares brasileiros se aproveitam da instabilidade política do país para afrouxar leis que garantem os direitos humanos e a proteção ambiental, países como a Suíça vêm sofrendo pressão popular para tornar suas leis ainda mais rígidas quando trata-se da garantia desses direitos não apenas no país, mas também no exterior.
Para comprar os alimentos orgânicos e recebê-los no endereço desejado basta acessar o site www.juntapedido.com no computador ou tablet, ou fazer download gratuito do JuntaPedido no celular, e criar uma conta de acesso. O aplicativo está disponível apenas para celulares que possuem sistema operacional Android, mas em breve, segundo a Sapiens I Tecnologia, ele poderá ser baixado nos celulares com sistemas IOS, da Apple, e Windows Phone, da Microsoft.
A resistência agroecológica crescendo e multiplicando!
“Raízes Brasil é um espaço onde as pessoas podem se encontrar, ter acesso a uma alimentação de qualidade, agroecológica. Aqui as pessoas sabem de onde vem cada produto. Esse é um espaço que aproxima campo e cidade”, explica Humberto Palmeira, integrante da coordenação do MPA.
Que as feiras agroecológicas cresçam e se multipliquem, e sejam cada vez mais uma alternativa real para toda a população realizar seu direito humano à alimentação saudável.
“Os danos que os agrotóxicos causam à saúde humana decorrem de processos de intoxicação, que resultam da exposição a esses produtos”, explica o assessor técnico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Nailton Lopes, durante o ciclo de palestras “O Que eu Faço pelo Meio Ambiente”, realizado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), dentro da programação da Semana do Meio Ambiente da instituição.