Especialistas defendem a taxação dos agrotóxicos

Davi Lemos, A Tarde, Salvador/BA

A taxação dos defensivos agrícolas e a publicação nos rótulos dos alimentos da quantidade a que foram expostos são formas de controle do uso de agrotóxicos na produção defendidas por especialistas ligados ao Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e ao Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos (FBCA).

Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), referentes a análises de produtos colhidos em 2010, vegetais como  pepino,  cenoura, morango, pimentão e  alface são os que apresentam o maior índice de contaminação por agrotóxicos.

Vale ressaltar que as amostras de pimentão  são as que apresentam o percentual de contaminação por defensivos agrícolas mais elevado. Um total de 91,8% das amostras deste produto examinadas ou apresentavam contaminação por agrotóxico acima do permitido ou por substâncias proibidas no País.
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Seminário Contra os Agrotóxicos lança Carta propondo outro modelo agrícola para o Vale do São Francisco

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Como resultado do Seminário da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, realizado nesta terça-feira (25), no Auditório do Campus Petrolina do IF Sertão-PE, foi produzida uma Carta Aberta em que integrantes dos movimentos sociais, estudantes do IF, Uneb e Univasf, professores universitários e trabalhadores/as rurais fazem um balanço dos danos causados à saúde e ao meio ambiente pelo uso dos agrotóxicos na agricultura. Entre outras providências, apontam a necessidade de enfrentar o modelo do agronegócio, que, a partir da aliança entre latifundiários e empresas multinacionais, provoca a concentração de terra e renda, ameaça a soberania nacional, adoece as pessoas e destrói os territórios e costumes das comunidades camponesas. 

Em contraposição ao agronegócio, foi discutido e proposto outro modelo de desenvolvimento agropecuário: a agroecologia, que respeita todas as formas de vida, garante a soberania e segurança alimentar do povo brasileiro, possibilitando a troca de experiências entre o conhecimento científico e o saber popular na transformação de sementes crioulas em alimentos saudáveis e diversificados. Para tanto, é necessário romper o patriarcado e a divisão sexual do trabalho, reformular os currículos acadêmicos das ciências agrárias, desenvolver o sistema camponês de produção, banir o uso de agrotóxicos na agricultura, investir em pesquisas destinadas à produção agroecológica e em políticas públicas que assegurem a auto-sustentação das comunidades rurais.

Rússia suspende importação de milho Monsanto após relatório sobre transgênicos

(AFP)
MOSCOU — A Rússia suspendeu a importação de milho transgênico da multinacional americana Monsanto após a publicação de um estudo francês que destaca a propensão ao câncer em ratos alimentados com o produto.

A agência de proteção do consumidor, Rospotrebnadzor, informou em seu site que pediu a um instituto russo a interpretação dos dados do estudo e que até receber mais informações sobre o caso, a importação e comercialização do milho geneticamente modificado NK603 está suspensa.

Liberação de agrotóxico murcha no pé

Deputado promete retirar de votação, prevista hoje na Assembleia, proposta para liberar uso de substâncias proibidas

Quase 30 anos após a aprovação de uma das regras mais rígidas do Brasil sobre o uso de agrotóxicos, uma proposta de mudança da legislação reacendeu o sinal de alerta dos gaúchos sobre o tema.

Depois da pressão de associações e entidades de defesa do ambiente, o projeto, que estava previsto para ser votado hoje, deve ser retirado da pauta e passar por um novo debate.

Se aprovada a sugestão de alteração na legislação instituída em 22 de dezembro de 1982, produtos até proibidos de entrar no Estado poderiam voltar a ser vendidos no Rio Grande do Sul. Na justificativa apresentada pelo autor da proposta, deputado Ronaldo Santini (PTB), o objetivo é “corrigir uma incorreção da lei gaúcha, que tem causado sérios problemas à agricultura do Estado”. A principal alegação citada pelo parlamentar é que o produto é liberado nos demais Estados e os agricultores do Rio Grande do Sul perdem em competitividade na produção agrícola.

Palmas: Sociedade Civil Organizada debate uso indiscriminado dos agrotóxicos com “O Veneno está na Mesa”‏



Na noite deste domingo, 23 de setembro, na Praça da Quadra 110 Sul (Quiosque do Gaúcho), o Cine Sem Tela exibiu o filme “O Veneno está na Mesa”, do premiado diretor Sílvio Tendler. O filme mostra claramente os perigos dos agrotóxicos e aponta que a agroecologia já acontece e representa uma solução real para a agricultura sustentável. Após o filme, a sociedade civil organizada presente ao evento debateu sobre o tema que faz parte da “Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida”.

O uso dos agrotóxicos é associado ao aumento da incidência de câncer porque favorece a alteração do DNA de uma célula, o que pode dar origem a tumores. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam que a doença afetará 1 milhão e matará 400 mil pessoas nos próximos anos.

Transgênicos matam mais cedo e causam até três vezes mais câncer em ratos, diz estudo


Do UOL, em São Paulo

Ratos alimentados com alimentos transgênicos morrem antes do previsto e sofrem de câncer com mais frequência do que os outros animais da espécie, destaca um estudo publicado nesta quarta-feira (19) pela revista Food and Chemical Toxicology.

"Os resultados são alarmantes. Observamos, por exemplo, uma mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com organismos geneticamente modificados [OGM]. Há entre duas e três vezes mais tumores nos ratos tratados dos dois sexos", explicou Gilles-Eric Seralini, coordenador do estudo e professor da Universidade de Caen, na França.

Ciência Hoje: Paraíso dos agrotóxicos

 

O Brasil é a lixeira tóxica do planeta. Desde 2008, somos os maiores consumidores globais de insumos químicos para agricultura. Substâncias já proibidas em vários países encontram mercado fértil em terras brasileiras.

Por: Henrique Kugler

O Brasil vive um drama: ao acordar do sonho de uma economia agrária pujante, o país desperta para o pesadelo de ser, pelo quinto ano consecutivo, o maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Balança comercial tinindo; agricultura a todo vapor. Mas quanto custa, por exemplo, uma saca de milho, soja ou algodão? Será que o preço de tais commodities – que há tempos são o motor de uma economia primária à la colonialismo moderno – compensa os prejuízos sociais e ambientais negligenciados nos cálculos docomércio internacional?

“Pergunta difícil”, diz o economista Wagner Soares, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Bolsa de Chicago define o preço da soja; mas não considera que, para se produzir cada saca, são aplicadas generosas doses de agrotóxicos que permanecem no ambiente natural – e no ser humano – por anos ou mesmo décadas.

Veja a edição digital da revista

Agrotóxicos estão contaminando rios do Pantanal

O Pantanal Mato-grossense está cada dia mais prejudicado devido ao uso de agrotóxicos nas lavouras. A região, que desempenha um papel importante na conservação da biodiversidade, sofre com os resíduos de pesticidas no leito de rios, córregos, fundo de cachoeiras e lagoas no curso das águas.

A reportagem é do Portal Ciclo Vivo, 29-08-2012.

A situação foi detectada por pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso e da Embrapa Pantanal. Isso porque o Mato Grosso é o maior produtor de grãos do país e ao mesmo tempo em que produz em larga escala, o Estado aumenta a quantidade de venenos para conter as pragas.
Cada brasieliro consome, em média, 5,2 litros de veneno por ano - Foto: Idaf

Campanha contra os agrotóxicos faz pressão sobre os candidatos

Cada brasieliro consome, em média, 5,2 litros de veneno  por ano - Foto: IdafMovimento quer que aspirantes às prefeituras e às câmaras municipais enfrentem uso de veneno em alimentos

Maria Mello, para o Brasil de Fato

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida lançou um documento que pretende comprometer os candidatos brasileiros a prefeito e vereador nas eleições de outubro com iniciativas de enfrentamento ao uso de agrotóxicos e em favor da transição agroecológica nos âmbitos Executivo e Legislativo.

Cléber Folgado, integrante da Coordenação Nacional da Campanha, explica que além do aspecto formativo da iniciativa – com o objetivo de levar aos candidatos informações sobre a situação alarmante do uso de venenos agrícolas no país -, a carta-compromisso sugere que os políticos se empenhem, fundamentalmente, em proibir o uso de agrotóxicos banidos em outros países e a pulverização aérea de venenos, além de consolidar políticas públicas de incentivo à agroecologia. “É fundamental que candidatos nestas eleições possam se posicionar frente ao que se tornou um problema de saúde pública e de meio ambiente”, pontua.

Cartas de Buenos Aires: Condenada a pulverização com agrotóxicos

Sofía Gatica recebeu este ano o Goldman Environmental Prize, o Nobel Ambiental

Numa condenação considerada histórica, a justiça da cidade de Córdoba declarou delito penal as pulverizações com agrotóxicos em campos de soja cerca de bairros povoados. E condenou duas das três pessoas que foram levadas aos tribunais.

Trata-se do emblemático caso do bairro Ituzaingó Anexo, onde há 12 anos as famílias denunciam mortes e lesões em consequência do uso de agrotóxicos.

Sobre uma população de cinco mil habitantes, entre 2002 e 2009 morreram 272 pessoas, 82 delas de câncer. No mesmo período foram registrados 272 abortos e 23 crianças nasceram com malformações congênitas. Até setembro de 2010 se registram 143pessoas com câncer.

A pena, em si, foi uma decepção. Os moradores queriam cadeia para os produtores agropecuários Jorge Alberto Gabrielli e Francisco Parra, e para o agente pulverizador Edgardo Jorge Pancello, por usarem o herbicida glifosato e o inseticida organoclorado endosulfan.

Trabalhadores da cana em Sergipe correm risco na aplicação de veneno agrícola

Um estudo coordenado pelo Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE) e pela Fundacentro que avalia as condições de trabalho na produção de cana no Estado mostrou que a falta de capacitação para o manuseio e aplicação de agrotóxico nos canaviais sergipanos coloca em risco constante a vida dos trabalhadores e dos seus familiares. Pesquisa foi realizada de 2010 a 2012 em parceria com diversas instituições, como a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Federação dos Trabalhadores na Agricultura no estado de Sergipe, Secretaria de Estado da Saúde, EMDAGRO e Instituto Federal de Sergipe (IFS), e abrange seis usinas dos municípios de Capela, Japoatã, Nossa Senhora das Dores e Laranjeiras.

“Os agrotóxicos fazem bem à saúde e são nossos amigos”

"Quando a Anvisa faz uma reavaliação toxicológica de substâncias químicas, parte dos produtores alega que vetos causarão aumento de custos. Entendo o lado deles, mas aceitar algo que já mostrou que não é tão seguro assim é uma bomba-relógio prestes a explodir em algum momento. Isso sem considerar que, no Brasil, o lobby dos agrotóxicos é pesado. Daria uma filme ou novela tão engraçados e trágicos quanto o da indústria do tabaco. O problema seria encontrar financiador". Artigo de Leonardo Sakamoto.

Supermercados do RN rastrearão qualidade das hortaliças e frutas

A partir de setembro as hortaliças e frutas de pomar vendidas nos supermercados do Rio Grande do Norte terão a qualidade rastreada. Do cultivo até as gôndolas dos estabelecimentos, um sistema chamado Rama (Rastreabilidade de Alimentos e Monitoramento de Agrotóxicos) acompanhará todo o processo de produção aos quais as mercadorias são submetidas. "Há dois anos estamos buscando uma forma de combater o uso de agrotóxicos e produtos em excesso no hortifrutigranjeiro", destaca o presidente da Associação dos Supermercados do RN (Assurn), Geraldo Paiva Júnior.

Campanha é lançada na Zona da Mata mineira

Foli lançada no último sábado (25/8), em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a "Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida". A solenidade aconteceu no anfiteatro do Sindicato dos Bancários. O evento, organizado pelo Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais (Consea-MG), pela Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável - Zona da Mata III e pelo Movimento dos Sem-Terra (MST), alertou a população para os riscos do consumo destes produtos agrícolas.