O Veneno está na Mesa”, de Silvio Tendler, será exibido nesta quinta em São Paulo

Nesta quinta-feira (31), às 20h, será exibido premiadíssimo documentário do cineasta Silvio Tendler, O veneno está na mesa, no Cineclube Socioambiental Crisantempo, na cidade de São Paulo.
O Cineclube Socioambiental Crisantempo é um cinema alternativo dedicado à reflexão e a difusão da consciência socioambiental e pretende, com tal exibição, demostrar o atual cenário assustador em que se encontra o país no que se refere ao uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras brasileiras dominadas pelo agronegócio.

Após a sessão, acontecerá também uma conversa com o Deputado Estadual Simão Pedro, relator da CPI da Segurança Alimentar, com a mediação de Susana Prinzendt, Coordenadora da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida (SP).

Local: Rua Fidalga, 521 - Vila Madalena - São Paulo
Horário: 20h

Contradições marcam o progresso de Mato Grosso

Agronegócio enriquece Estado apesar dos gargalos na infraestrutura. PIB mato-grossense cresce 2,5 vezes mais do que o do país; MT lidera em soja, algodão, girassol e pecuária

MORRIS KACHANI. ENVIADO ESPECIAL A MATO GROSSO. FOLHA DE SÃO PAULO

Percorrer a longa estrada que corta a região do médio norte-mato-grossense é uma maneira de deparar com as imensas contradições trazidas pela riqueza e desenvolvimento do país.

Pela janela do carro avistam-se as intermináveis áreas de cultivo de soja (2,77 milhões de hectares), algumas colheitadeiras importadas de última geração, com GPS e ar-condicionado, que chegam a custar perto de R$ 1 milhão, e unidades industriais de esmagamento de grãos (são 12 no total), frigoríficos (14) e usinas de biodiesel (3).

Uso de agrotóxicos pode alterar comportamento de gerações futuras

O contato com elementos ambientais tóxicos pode influir na resposta de futuras gerações ao estresse e causar desordens de conduta, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos com ratos. O estudo, realizado por pesquisadores das universidades de Washington e do Texas, comprovou que apenas uma exposição de fêmeas que esperavam filhotes a um fungicida utilizado em frutas e verduras, a vinclozolina, tinha consequências sobre a conduta da terceira geração de seus descendentes, apesar deles terem sido criados livres do agrotóxico. Matéria da Agência EFE.

Agrotóxicos, interesses e anti-jornalismo

Por Elenita Malta Pereira*

A matéria “A verdade sobre os agrotóxicos”, publicada em Veja (edição de 4/1/2012), revisita um tema que é alvo de polêmicas, oposições apaixonadas e amplas discussões no Brasil desde os anos 1970. No entanto, apesar de décadas de controvérsia, já no título, a revista demonstra que pretende revelar a verdade sobre o assunto. A Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), em carta-resposta à Veja, considerou o tratamento dado a um tema tão controverso como “parcial e tendencioso”, apontando uma série de equívocos na reportagem.

Em Primavera Silenciosa, o primeiro alerta mundial contra os pesticidas, publicado em 1962, Rachel Carson descreveu diversos casos de pulverizações – especialmente de diclorodifeniltricloroetano (DDT) – nos Estados Unidos, nos anos 1950-60, quando morreram enormes quantidades de pássaros, peixes, animais selvagens e domésticos. As pulverizações para exterminar supostas “pragas” também contaminaram as águas de rios, córregos, dos oceanos, os solos e os humanos.

Deputados debatem Caso Zé Maria

A Assembleia Legislativa do Ceará promove hoje (21 de maio) audiência pública para discutir a violência no campo e a impunidade nos dois anos do assassinato do líder comunitário e ambientalista Zé Maria do Tomé, em Limoeiro do Norte. A discussão acontece na Comissão de Educação da Assembleia e faz parte das reivindicações do Movimento 21, que reúne associações, sindicatos, grupos de pesquisa e trabalhadores rurais. "A violência no campo e o direito de lutar pela vida - dois anos do assassinato de Zé Maria do Tomé" é o tema da audiência.

Motivados pelo clima de impunidade e pela falta de uma legislação rigorosa que preserve o meio ambiente e saúde humana, movimentos sociais colocarão para os deputados estaduais o problema da concentração fundiária e das lutas sociais na zona rural do Ceará.

Ligação entre o Mal de Parkinson e pesticidas é oficialmente reconhecida na França

É um passo adiante no reconhecimento das doenças ocupacionais dos agricultores. Na segunda-feira, 07 de maio, entrou em vigor um decreto que reconhece o Mal de Parkinson como doença ocupacional e estabelece explicitamente um nexo de causalidade entre a doença – segunda maior doença neurodegenerativa na França depois do Alzheimer – e a utilização de pesticidas.

A reportagem é de Angela Bolis e está publicada no jornal francês Le Monde, 09-05-2012. A tradução é do Cepat.

Um passo a mais porque nessa área, em reinava até agora a lei do silêncio, a tomada de consciência dos efeitos dos produtos fitossanitários sobre a saúde dos agricultores apenas está começando a emergir. E a dar os seus frutos. Em fevereiro, a vitória de um produtor de grãos, Paul François, que havia movido um processo contra a gigante norte-americana Monsanto, abriu um precedente na França. A empresa foi julgada responsável pela intoxicação do produtor através da inalação quando estava limpando o tanque de seu pulverizador de herbicidas, o Lasso – retirado do mercado em 2007, na França. Os riscos do uso deste herbicida já eram conhecidos há mais de 20 anos.

Brasil usa 19% dos agrotóxicos produzidos no mundo, diz diretor da Anvisa

Publicado em maio 10, 2012 por HC

O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Agenor Álvares da Silva, afirmou que o País é responsável por 1/5 do consumo mundial de agrotóxicos. O Brasil usa 19% de todos os defensivos agrícolas produzidos no mundo; os Estados Unidos, 17%; e o restante dos países, 64%.

Ele citou pesquisa segundo a qual o uso desses produtos cresceu 93% entre 2000 e 2010 em todo o mundo, mas no Brasil o percentual foi muito superior (190%).

Segundo o diretor da Anvisa, existem atualmente no País 130 empresas produtoras de defensivos agrícolas, que fabricam 2.400 tipos diferentes de produtos. Em 2010, foram vendidas 936 mil toneladas de agrotóxicos, negócio que movimenta US$ 7,3 bilhões.

Análises laboratoriais constatam altos índices de contaminação por agrotóxicos em produtos vendidos em Porto Velho

do MP-RO

Instituições municipais, estaduais e federais de fiscalização e controle de produtos agrotóxicos participaram de um minisseminário com o tema “Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos no Estado de Rondônia”, na sexta-feira, dia 11 de maio, no auditório do edifício-sede do Ministério Público de Rondônia, em Porto Velho Também participaram do seminário órgãos de defesa do consumidor e do meio ambiente e supermercados que comercializam frutas e verduras.

O evento teve o apoio do Ministério Público de Rondônia, por meio da Promotoria do Meio Ambiente, Habitação, Urbanismo e dos Patrimônios Públicos, Histórico, Cultural e Artístico, e teve como objetivo apresentar aos participantes o resultado das análises laboratoriais realizadas em amostras de alimentos coletados em supermercados sediados no Estado, quanto aos índices de contaminação por agrotóxicos nestes produtos.

Abaixo-Assinado pelo banimento de agrotóxicos e substâncias já proibidas no exterior será lançado no ES


Confira a programação da Jornada América Latina em Movimento, que acontece em 18 de maio na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).  

JORNADA AMÉRICA LATINA EM MOVIMENTO!
18 DE MAIO DE 2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO


Lutas e Emancipações numa América Latina em Movimento

08 às 12h
Auditório do Centro de Ciências Humanas e Naturais

8h - Lançamento do Caderno de Conflitos no Campo 2011
Frei Miranda – Comissão Pastoral da Terra
Carlos Walter Porto-Gonçalves


9h – Mesa Redonda
Debatedores:
Raul Krause – Movimento dos Pequenos Agricultores / Via Campesina
Carlos Walter Porto-Gonçalves – Dep. de Geografia – Universidade Federal Fluminense
Antonio Carlos Amador Gil – Dep. de História – Universidade Federal do Espírito Santo
Roberta Traspadini – Escola Nacional Florestan Fernandes / Dep. de Economia – UniversidadeFederal do Espírito Santo

Idec adere à Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida

Instituições alertam sobre os riscos dos agrotóxicos para a saúde da população O Idec aderiu nesta semana à Campanha Permanente Contra Agrotóxicos e pela Vida. A ação tem como objetivo alertar a população sobre os riscos que os agrotóxicos representam…

MPF pede cancelamento do registro de fungicidas que utilizam o princípio ativo Prochloraz, que podem causar câncer

Produtos utilizam o princípio ativo Prochloraz, que aumenta a incidência de câncer de mama, testículo e próstata; fungicidas desse tipo são usados em culturas de cebola, cenoura, cevada, cítricos, manga, tomate, trigo e rosa.

O Ministério Público Federal em São Paulo quer o cancelamento do registro de todos os fungicidas que utilizam o princípio ativo Prochloraz que, segundo especialistas, pode causar o aumento da incidência de câncer de mama, testículo e próstata, além de provocar danos ao meio ambiente.

A ação civil pública, com pedido de liminar, proposta contra a União, também pede que o Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa) não conceda novos registros de fungicidas à base de Prochloraz, pelo “alto grau de nocividade à saúde humana e ao meio ambiente”.

Segundo a ação, atualmente existem três agrotóxicos registrados no Mapa e que utilizam o princípio ativo cancerígeno: Jade, produzido pela Milenia Agrociências S/A; Mirage 450 EC, produzido pela Agricur Defensivos Agrícolas Ltda; e Sportak 450 EC, produzido pela Bayer S/A.

Campanha combate mito do uso seguro em debate na Câmara dos Deputados


Representantes da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida e da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) alertaram os parlamentares da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados, para a impossibilidade do uso seguro de venenos na agricultura.

Por Elizângela Araújo
Do SINPAF

Vinícius Freitas, coordenador da campanha no Distrito Federal e representante da ABA no debate, rebateu a possibilidade de uso seguro dos agrotóxicos e a ideia largamente difundida por indústrias agroquímicas e setores do agronegócio de que é impossível produzir alimentos suficientes para a população sem o uso desses venenos. Ele também é presidente da Seção Sindical do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (SINPAF) na Embrapa Hortaliças (Gama-DF).