Agroecologia vê com preocupação mais um pacote do Banco do Brasil para o agronegócio
Trata-se de mais um pacote de maldades para a agricultura, como o 'pacote do veneno' e tantos outros.
Trata-se de mais um pacote de maldades para a agricultura, como o 'pacote do veneno' e tantos outros.
Em apenas 40 anos, o norte do estado de Mato Grosso sofreu uma transformação profunda: o avanço do agronegócio substituiu o cerrado e a floresta amazônica por extensas monoculturas agrícolas, protagonizadas pela soja.
O agronegócio pode até ser “pop”, mas se um simples enredo de escola de samba já tira a bancada ruralista do sério, não restam dúvidas do porquê uma campanha com todo o aparato global precisa ser insistentemente repetida em horário nobre durante dois anos. Só assim pra sustentar através da automatização a ideia de que um sistema com acumulo de riquezas e poder nas mãos de poucos, e calcado no desmatamento e uso intensivo de agrotóxicos e sementes transgênicas é mais coerente e benéfico do que um sistema que garante a soberania e segurança alimentar e nutricional com inclusão social e preservação ambiental.
Agronegócio Mata!
Embora seja difícil precisar o limite de inflexão da floresta amazônica – entre 20% e 40% de desmatamento, de acordo com cientistas como Lovejoy – a perda florestal decorrente da construção de dezenas de barragens e obras de infraestrutura na Bacia do Tapajós certamente vai acelerar a ultrapassagem desse ponto de colapso, com consequências potencialmente desastrosas para todo o planeta.
Não confie na falsa propaganda da Rede Globo.
Agrotóxico Mata! E Agronegócio também!
Se o PL vier a ser aprovado, as perspectivas de sobrevivência passarão a depender do preço das balas e da pontaria dos ”esportistas” / Reprodução/Internet Uma boa notícia para os vendedores de cartuchos de armas de fogo. Por iniciativa do…
O avanço criminoso do agronegócio sobre assentamentos de reforma agrária não é peculiaridade da gleba Mercedes. No Tapuráh-Itanhangá, localizado ao oeste de Sinop, a Operação Terra Prometida, deflagrada em novembro de 2004 pela Polícia Federal prendeu mais de 20 pessoas pela apropriação de 1 mil lotes de um total de 1.149 lotes do assentamento. Segundo a Operação, as áreas eram concentradas e utilizadas como campos de soja. Entre os presos, estavam Odair e Milton Geller, irmãos do então ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Neri Geller, que hoje é secretário de Política Agrícola do Ministério.
Apesar de estar em vigor desde 1988, os grupos ligados ao agronegócio sempre se opuseram e buscaram formas de inviabilizar as demarcações. A mais recente ofensiva dos latifundiários aos direitos indígenas foi publicada no Diário Oficial da União do último 18 de janeiro, pelo ministro da “Justiça”, Alexandre de Moraes, alterando o decreto 1.775 de 1996, que regulamenta o procedimento administrativo de demarcação.
Segundo o Ibama, a mudança causa "o declínio dos ventos carregados de umidade que vêm do oceano para o continente, causando, assim, o aumento da intensidade e do período de épocas de seca em várias regiões do país".
O resultado direto da secura é o aumento de queimadas no Xingu. Traduzido pelo órgão em números: em 2008, o parque indígena registrou 93 incêndios florestais. O número saltou para 147 no ano passado. Em 2015, foram 185 ocorrências, contra 157 em 2014.
"Causa estranheza a reação de representantes do agronegócio, que recebem um samba-enredo sobre agressões contra a natureza como fosse uma agressão a todos os produtores rurais"
A agroecologia junta camponeses e cientistas em sua construção. Ela sistematiza, no plano do conhecimento científico, o estágio atual de articulação de estudos e práticas que confrontam o modelo industrial capitalista de fazer agricultura, hoje conhecido como “agronegócio”. Este modelo ainda é dominante e hegemônico, mas está em crise porque os danos ambientais, sociais e humanos de sua lógica começam a ser percebidos mais amplamente e já afetam até mesmo a viabilidade econômica do “negócio da agricultura”.
Não resta mais dúvidas: Anvisa parece já passar as atribuições sobre agrotóxicos para o Ministério da Agricultura.
"Para especialistas da área, a mudança no controle das informações faz parte de uma ação coordenada por representantes do agronegócio que trabalham para acelerar a tramitação e aprovação de projetos de lei que compõem o chamado pacote do veneno. São projetos que, entre outras coisas, vão facilitar a aprovação, o registro, a comercialização, a utilização, o armazenamento e o transporte de agrotóxicos, aumentando a presença dessas substâncias nas lavouras brasileiras."
Registros agrotóxicos genéricos aumentaram 374% em 2016 na comparação com o ano anterior / Antonio Cruz/ABr Por Leonardo Melgarejo* No dia 10 de janeiro, o Ministério da Agricultura (Mapa) comemorou grande avanço nos registros de agrotóxicos no Brasil. A notícia…
Todos esses produtos são muito perigosos. E a explicação para o Brasil permitir o uso de altas concentrações de agrotóxicos é o agronegócio. O país tem se configurado como uma economia agroexportadora. Oito dos dez produtos mais exportados pelo Brasil vêm do agronegócio. O glicosato, por exemplo, é vendido "casado" com sementes transgênicas. Hoje, 98% da soja produzida no Brasil é transgênica.