Campanha convoca população às ruas contra o uso de agrotóxicos

As eleições passaram e o Congresso Nacional não poderia ter ficado pior: mais da metade dos seus membros diz se identificar com a chamada Bancada Ruralista. Além de afrontarem os direitos de indígenas e quilombolas, este grupo suprapartidário é responsável pela aprovação de leis que facilitam o uso de mais agrotóxicos.
No próximo dia 3 de dezembro, data em que celebra-se o Dia Internacional do Não Uso dos Agrotóxicos, a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida convoca os cidadãos brasileiros a se unir para exigirmos comida sem veneno. Para isso, é fundamental que o congresso defenda a saúde da população e a agricultura familiar, responsável pela produção de 70% dos alimentos que chegam à nossa mesa.
Além disso, a Campanha defende ainda o fim da pulverização aérea, prática utilizada pelo agronegócio, e a reforma política, de maneira a reduzir o peso dos interesses econômicos e viabilizar nossa representação na Câmara e Senado. Os ruralistas defendem os interesses de cerca de 1% dos proprietários de terra do Brasil, que dominam 44% das áreas brasileiras agricultáveis. Esta é apenas mais uma mostra das distorções de representação do nosso legislativo.
Aulas públicas, panelaço, panfletagem, “feira dos envenenados”. Vale um pouco de tudo. A ideia principal da campanha é demarcar a data nacionalmente e ir às ruas mostrar que a luta contra os agrotóxicos se vincula a um governo progressista, e às ideias da reforma política e participação popular.
Atividades já estão confirmadas em diversos estados. Em breve a agenda será divulgada. Contate a Secretaria Operativa da Campanha (pelo e-mail [email protected]) para saber mais sobre as mobilizações em seu estado e monte também alguma atividade em sua cidade.




Academia e movimentos sociais juntos para melhorar a qualidade da saúde dos trabalhadores do interior do país. A força dessa ideia ganhou materialidade ontem, 13 de agosto, na primeira audiência pública entre poderes instituídos, trabalhadores e movimentos sociais do município de Lagoa da Confusão, no Tocantins. Cerca de cem pessoas, entre pesquisadores, membros do Ministério Público, trabalhadores agrícolas e do setor do turismo, estudantes e demais funcionários públicos debateram os impactos nocivos do agronegócio à saúde humana e a importância da constituição de um plano participativo para trazer benefícios à saúde dos trabalhadores e do ambiente.
No próximo dia 31 de julho, às 9h, na sede da Justiça Estadual de Limoeiro do Norte, será realizado o interrogatório dos réus no processo que apura o assassinato de José Maria Filho, o Zé Maria do Tomé.
Por Maura Silva


