Silvio Tendler sobre O Veneno está na Mesa: “Já podemos falar em 1 milhão de espectadores”

Recentemente indicado como documentário para ser visto e estudado por estudantes que prestaram a seleção do Enem, o filme “O Veneno está na Mesa” revela os riscos da produção e do consumo dos agrotóxicos no Brasil. Produzido por um coletivo de organizações, entidades e órgãos de pesquisa, o documentário critica o modelo brasileiro de desenvolvimento que privilegia o agronegócio em detrimento da agricultura familiar. “É importante que os futuros universitários do Brasil entrem na Universidade já sabendo os problemas que nossa produção agrícola tem. É uma prova da vitória da nossa campanha”, comemorou Silvio Tendler.
O projeto do documentário teve o objetivo de massificar o debate sobre agrotóxicos, tanto que o filme está disponível na íntegra na internet e pode ser copiado livremente. “Só no Youtube o ‘Veneno está na Mesa’ já teve mais de 120 mil acessos. Fora as milhares de cópias que foram distribuídas pelas organizações de massa, sindicais e científicas. Cada parceiro se preocupou em reproduzir, multiplicar e distribuir o filme. Sem falsa modéstia, não se pode mais falar em milhares de espectadores. Já podemos falar na casa de 1 milhão”, afirmou o cineasta.





Comunicadores, advogados, cientistas sociais e da saúde, militantes populares, representantes de entidades e organizações sociais e apoiadores da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida se reuniram em 28 e 29 de setembro no Centro de Estudo Sindical Rural (CESIR) da Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) em Brasília, para melhorar a organização das tarefas, a articulação dos grupos de trabalho jurídico e da comunicação e definir estratégias de fortalecimento da luta contra os venenos usados pelo agronegócio nos diferentes estados e territórios de vida e dos povos da terra no Brasil.
Movimento quer que aspirantes às prefeituras e às câmaras municipais enfrentem uso de veneno em alimentos
Diversos casos de intoxicação foram relatados por famílias moradoras do Assentamento Vale do Guará, no município Vargem Grande do Rio Pardo. Cerca de 30 pessoas, entre elas, crianças, jovens e adultos, sentiram diversos sintomas depois que um avião pulverizador de agrotóxicos passou por uma enorme plantação de eucalipto. Segundo as vítimas, um inseto parecido com um piolho chegou a infestar as casas dos moradores, provavelmente, vindo da área de monocultura de eucalipto. A aplicação do defensivo por parte dos donos da plantação acabou poluindo o ambiente, causando grande mal estar entre as diversas pessoas.


