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Deputados ruralistas rejeitados pelas urnas voltam ao poder em cargos do governo Bolsonaro

Pelo menos cinco deputados federais que foram rejeitados pelas urnas nas eleições ganharam cargos no segundo escalão do governo de Jair Bolsonaro. Além da derrota eleitoral, eles têm em comum o fato de fazerem parte da bancada ruralista – a chamada Frente Parlamentar da Agropecuária – e de terem atuação legislativa desfavorável ao meio ambiente e aos povos do campo.

Articulação Nacional de Agroecologia (ANA)

Nossa luta é contra os agrotóxicos, e nunca foi tão fácil escolher um presidente. De um lado, uma candidatura que não menciona a agroecologia, defende o Pacote do Veneno e é apoiada pela bancada ruralista. Do outro lado, uma candidatura que já fez muito pela produção orgânica em São Paula, e tem propostas firmes para redução de agrotóxicos e desenvolvimento da agroecologia.

Confira os parlamentares eleitos que são aliados da luta contra os agrotóxicos

No Senado, teremos quatro representantes, enquanto na Câmara, cerca de 50. Entre aqueles que lutaram bravamente contra a aprovação do Pacote do Veneno na comissão especial em junho desse ano, todos foram reeleitos. São eles: Alessandro Molon (PSB-RJ), Bohn Gass (PT-RS), Edmilson Rodrigues (PSoL-PA), Ivan Valente (PSoL-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG), Nilto Tatto (PT-SP), Padre João (PT-MG) e Subtenente Gonzaga (PDT-MG).

Campanha de defensora de lei pró-agrotóxicos já recebeu 350 mil reais de executivos ligados ao …

A deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) recebeu doações de executivos diretamente ligados aos agrotóxicos na sua campanha de reeleição para o Legislativo. Neste ano, Cristina foi presidente da comissão especial da Câmara dos Deputados que aprovou projeto de lei que facilita a liberação dos agrotóxicos. Além disso, ela comanda a Frente Parlamentar da Agropecuária, a bancada ruralista, a mais coesa e representativa do Congresso com 44% dos deputados e 33% dos senadores.

PL do Veneno vai contaminar ainda mais os alimentos consumidos pelo brasileiro

Blairo Maggi (PP-MT) é o autor do PL do Veneno. Atualmente, ele ocupa o cargo de Ministro da Agricultura no governo Temer e não é trivial o peso que a bancada ruralista vem dando a esse Projeto de Lei. Apesar da posição contrária de diversos órgãos como o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a Fiocruz, a Abrasco e o Ministério Público do Trabalho, a bancada ruralista pretende aprovar esse projeto numa clara opção política que visa o lucro irrestrito dos representantes do agronegócio no Brasil.