A correlação entre esse aumento no uso de agrotóxicos, na soja ou em qualquer outra cultura, ao número maior de casos de câncer já é apontada por diversos estudos. Entre eles está o da equipe do professor Wanderlei Antônio Pignati, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), estado que lidera o consumo desses produtos, 19% do total nacional – e o Brasil é o maior consumidor mundial.
Entre 2000 e 2005, quando o consumo aumentou em 89% no estado, houve registro de 702 casos de câncer apenas em menores de 20 anos, sendo 176 casos de diversas leucemias, 77 de linfomas e 70 de tumores do sistema nervoso central, entre outros. Na população adolescente, chamou atenção 48 casos de carcinomas, 38 de leucemias, 29 linfomas e 28 tumores ósseos malignos.
Perseguir e criminalizar quem luta pela vida é a contrapartida exigida por quem lucra com a morte.
Pelos milhares que ontem foram e amanhã serão Mortos pelo grão-negócio de vocês Pelos milhares dessas vítimas de câncer De fome e sede, e fogo e bala, e de AVCs (Chico César e Carlos Rennó, Reis do Agronegócio) A Campanha…
Deputados do Parlamento Europeu proíbem a entrada da Monsanto na casa depois que a empresa se recusou a participar de audiência sobre sua suposta influência nos estudos sobre a segurança do glifosato, princípio chave de um de seus principais agrotóxicos,…
No entendimento de ambientalistas e alguns parlamentares, a ciência deve ser o balizador da proibição. Segundo eles, é preciso levar em conta a experiência de alguns países que já conseguiram eliminar o uso de alguns agrotóxicos. Entretanto, parece que o sofrimento alheio não interessa ao Brasil, que poderia muito bem aprender com erros do passado. Todavia, apesar de casos concretos de contaminações que já vem ocorrendo no país, alguns produtos já citados aqui neste veículo, continuam sendo disseminados em larga escala nas imensas lavouras brasileiras.
Logo após a publicação da Consulta Pública, a Anvisa se reuniu com representantes dos fabricantes de Paraquate (Força Tarefa Paraquate) e a bancada ruralista. Talvez pra ouvir mais argumentos sobre como deve prevalecer o interesse econômico sobre a saúde das pessoas.
O paraquate é proibido na União Europeia, Noruega, Bósnia-Herzegovina, Kuwait, Malasia, Camboja, Laos, Emirados Árabes, Síria, Coreia do Sul, China (mas produz para exportação), El Salvador e em 10 países da África. Na Grã-Bretanha, a produção de Paraquate também ocorre, mesmo com a proibição de se usar o veneno naqueles países.
por Karen Friedrich* A diretoria colegiada da Anvisa se reunirá nesta terça-feira (19/09) e, dentre outros assuntos, tratará da reavaliação toxicológica do paraquate. A reavaliação consiste na revisão dos estudos científicos para verificar os efeitos sobre a saúde das pessoas.…
Os dados alarmantes estão associados ao uso de agrotóxicos, que deixam um rastro de doenças e mortes nas regiões onde há produção agrícola com uso desses venenos. E a julgar pelo avanço de projetos de lei que incentivam ainda mais o uso de agrotóxicos e transgênicos em um país já campeão no consumo dessas tecnologias, como é o Brasil, a tendência é de agravamento da situação. Muito mais gente estará exposta a riscos ainda maiores de desenvolver diversos tipos de câncer, problemas endocrinológicos, mal de Parkinson, abortos, de gerar filhos com autismo ou até mesmo com malformações.
O paraquat – um dos muitos agrotóxicos que não pode ser usado na Europa, mas é vendido nos Estados Unidos e em vários outros lugares –, é associado ao Parkinson em crescente número de pesquisas. do NYTimes. Tradução: Lila Almendra…
o humorista Gregório Duvivier, ao trazer para o debate temas relacionados aos agrotóxicos no país, ironizou as iniciativas que "flexibilizam" e aprovam leis que favorecem o agronegócio.
Chamando agrotóxicos de indústria do câncer, os malefícios do produto para a saúde também foram citados no programa, que explicou que os efeitos para quem os consume nem sempre são imediatos, mas progressivos. "Vale lembrar que, até outros dia, ninguém sabia, por exemplo, que o cigarro fazia mal".
#AgroMata
Em uma pesquisa realizada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e o Hospital de Câncer de Barretos, ao menos 100 produtores rurais foram estudados sobre uso de defensivos agrícolas.
Segundo alerta assinado pelo Caopcon, o documento apresentado pela Anvisa “desconsiderou o efeito crônico da contaminação por agrotóxicos, potencialmente relacionados a agravos como câncer, desregulação hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico, entre outras doenças degenerativas”. Nas amostras, informa o Centro de Apoio, casos que não apresentam efeitos imediatos na saúde do consumidor foram tidos pela Anvisa como não importantes e deixam antever que podem ser ingeridos com segurança.
Engenheiro José Prata, do Comitê SP da Campanha contra Agrotóxicos, explica que 80% do agrotóxico usado no Brasil vai para commodities de exportação, como soja, algodão, milho e nos canaviais. Bancada ruralista quer flexibilizar ainda mais o uso destes venenos, que prejudicam a saúde do trabalhor no campo e do consumidor, provocando várias doenças, inclusive o câncer.
O glifosato, ingrediente ativo do herbicida Roundup, da Monsanto, será colocado em uma lista do Estado da Califórnia (EUA) de produtos químicos avaliados como causadores de câncer no dia 7 de julho, disse o Escritório de Avaliação da Perda de Saúde Ambiental (OEHHA) na segunda-feira.
Enquanto isso, no Brasil...
A listagem é o mais recente revés judicial para a empresa de sementes e produtos químicos, que enfrentou litígios crescentes relacioandos ao glifosato, uma vez que a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer da Organização Mundial de Saúde disse que é "provavelmente carcinogênico" em uma decisão controversa em 2015.
Dicamba, um herbicida projetado para uso com a próxima geração de culturas biotecnológicas da Monsanto, está sob escrutínio no Estado do Arkansas depois que um conselho do Estado votou na semana passada para proibir o produto químico.