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Campanha combate mito do uso seguro em debate na Câmara dos Deputados


Representantes da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida e da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) alertaram os parlamentares da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados, para a impossibilidade do uso seguro de venenos na agricultura.

Por Elizângela Araújo
Do SINPAF

Vinícius Freitas, coordenador da campanha no Distrito Federal e representante da ABA no debate, rebateu a possibilidade de uso seguro dos agrotóxicos e a ideia largamente difundida por indústrias agroquímicas e setores do agronegócio de que é impossível produzir alimentos suficientes para a população sem o uso desses venenos. Ele também é presidente da Seção Sindical do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (SINPAF) na Embrapa Hortaliças (Gama-DF).

Assembleia do RS debate malefícios de agrotóxicos na produção agrícola


Audiência Pública ouviu especialistas e órgãos governamentais para discutir o tema | Foto: Galileu Oldenburg/ALRS

Samir Oliveira

Quantas substâncias químicas possui uma folha de alface, um pimentão ou uma batata? Invisíveis ao olho nu, os agrotóxicos impregnam a maior parte dos alimentos cultivados que são vendidos nas prateleiras dos supermercados e atacam diariamente a saúde dos brasileiros de uma forma silenciosa e, às vezes, letal.

Na manhã desta quarta-feira (2), a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul realizou uma audiência pública sobre a utilização de agrotóxicos na produção agrícola. O tema não é novo e, apesar de o Brasil ser o maior consumidor desses produtos no mundo, o assunto encontra dificuldades para se consolidar na agenda pública estadual e nacional devido à influência das empresas que produzem os chamados “defensivos agrícolas”.

Para se ter uma ideia do volume de dinheiro movimentado pelo setor, somente em 2010 foram vendidas 789,9 mil toneladas de agrotóxicos no país, totalizando um montante de US$ 6,8 bilhões. Até 2009, o Brasil possuía 2.195 marcas registradas e 434 tipos diferentes de agrotóxicos à disposição dos produtores rurais. E 80% desse mercado é absorvido por apenas dez empresas: Syngenta, Milenia, Monsanto, Nufarm, Daw, Bayer, Basf, Nortox, Atanor e DuPont.

Brasil: líder mundial em alimentos envenenados

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Por Tatiana Achcar | Habitat – sex, 20 de abr de 2012

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Nunca tivemos tanta comida produzida no mundo, mesmo assim um milhão de pessoas passam fome e outro milhão comem menos do que necessitam. A fome é um problema de economia mundial. Em vinte anos, o Brasil tomará dos Estados Unidos a liderança mundial na produção de alimentos. No entanto, 49% dos brasileiros estão acima do peso, sendo 16% obesos, segundo o Ministério da Saúde. A obesidade é um problema de saúde pública, logo, de economia nacional. Por que esse disparate entre a grande quantidade de alimento e a fome e o sobrepeso? Apesar das commodities agrícolas bombarem as bolsas de valores, o sistema alimentar mundial tem falhas, e das grossas: o modo de produção usa recursos naturais de maneira abusiva, o sistema está baseado na industrialização, que artificializa o alimento, e a distribuição é concentrada e controlada por poucos gigantes do setor. Alimentação em quantidade e qualidade adequada e saudável é um direito humano, mas virou artigo de luxo.

Senado discute Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos

22 de março de 2012

Uma audiência pública, realizada na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal, discutiu, nesta quinta-feira (22/3), o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (Para) da Anvisa. Os dados mais recentes do Programa apontaram que 28% das amostras analisadas estavam insatisfatórias. As principais irregularidades verificadas foram: presença de agrotóxicos não autorizados para a cultura analisada ou teores de resíduos de agrotóxicos em níveis acima dos autorizados.

Durante a audiência, o gerente geral de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles, ressaltou que o Para tem se firmado com uma ferramenta importante para auxiliar os gestores de saúde na tomada de decisões relacionadas a agrotóxicos. “O programa trabalha para que a qualidade dos produtos que chegam à mesa dos brasileiros seja a melhor possível. A presença de resíduos de agrotóxicos pode representar um risco”, afirmou Meirelles.

Governo cria GT sobre uso de agrotóxicos

Grupo envolverá Ministérios da Saúde, do Meio Ambiente, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Justiça, Anvisa e Ibama, para criar e discutir o Plano Nacional de Enfrentamento da Produção, Comercialização e Uso de Agrotóxicos e suas Consequências à Saúde e ao Meio Ambiente