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Bahia lança fórum para combater os impactos dos agrotóxicos


A Bahia passou a ser o quarto estado da Federação a implantar o Fórum de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos (FBCA). A instalação do colegiado foi realizada em uma audiência pública ocorrida na manhã de terça-feira (31), no auditório do Ministério Público do Trabalho, em Salvador.

A criação do grupo, formado por organismos públicos, entidades não governamentais e sociedade civil, tem como o objetivo limitar os impactos causados pelo uso de agrotóxicos e, ao mesmo tempo, repensar o uso dos venenos. Os estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Mato Grosso já possuem seus espaços de discussão.

Bahia lança Fórum de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos com audiência pública


Capitaneada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em parceria com o Ministério Público do Estado da Bahia, a audiência pública sobre o uso de agrotóxicos e seus impactos no meio ambiente e na saúde de trabalhadores rurais e consumidores de alimentos acontece na manhã desta terça (31), no auditório do MPT (Av. Sete de Setembro, nº 308 - Corredor da Vitória), em Salvador.

Durante o evento, em que também será instalado o Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, serão discutidos aspectos do uso indiscriminado de produtos químicos nas lavouras em todo o território baiano e seus reflexos sobre a natureza e sobre a saúde tanto das pessoas que lidam com os agrotóxicos quanto de toda a sociedade, que consome alimentos com altas doses dessas substâncias.

TST suspende decisão de pagamento de indenização pela Shell e Basf

da Agência Pulsar

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) suspendeu a decisão da Justiça do Trabalho de Paulínia, no interior paulista, que determinava que as empresas Shell e Basf deveriam pagar mais de 1 bilhão em indenizações.




www.brasil.agenciapulsar.orgO valor diz respeito a danos morais coletivos causados à sociedade pela contaminação ambiental ocorrida na cidade, que a 119 quilômetros da capital paulista. Está mantida, no entanto, a obrigação das empresas em custear o tratamento médico das vítimas de contaminação por agrotóxicos.

O presidente do TST, João Oreste Dalazen, atendeu parcialmente pedido das empresas, até o julgamento de recurso contra a condenação imposta pela Justiça do Trabalho da 15ª Região, de Campinas.

Fazendeiro usa agrotóxico como arma contra assentados

O pré-assentamento José Marcos de Araújo, localizado no município de Presidente Kennedy (ES), é cenário de violência contra trabalhadores rurais sem-terra. No último dia 03 de julho, o dono da propriedade pulverizou a área onde os assentados estão acampados com agrotóxicos, causando a contaminação e internação de 18 pessoas.

Basf e Shell devem depositar indenização de R$ 1 bilhão

As empresas Shell (atual Raízen) e Basf devem depositar judicialmente o valor atualizado de mais de R$ 1 bilhão, referente ao pagamento de indenização por danos morais coletivos causados à sociedade brasileira, pelo episódio da contaminação ambiental ocorrida em Paulínia, no interior paulista. A juíza Maria Inês Correa Cerqueira Cesar Targa, da 2ª Vara do Trabalho de Paulínia, acolheu pedido de reconsideração apresentado pelo Ministério Público do Trabalho.

Abrasco lança parte II do dossiê sobre agrotóxicos

do Boletim da AS-PTA 

“Agrotóxicos, saúde, ambiente e sustentabilidade” é o título da segunda parte do Dossiê Abrasco – Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde, que foi lançado na semana passada durante a Cúpula dos Povos.

O documento mantém sua proposta original de ser um “alerta geral” à sociedade, com uma ampla gama de estudos, pesquisas e dados reunidos por pesquisadores e profissionais da área que evidenciam os efeitos danosos em cadeia decorrentes do avanço do sistema agropecuário dependente de agrotóxicos.

O papel do Estado como alavancador desse modelo também é abordado. No Brasil, por exemplo, ao contrário de outros países, o registro para um produto agrotóxico não tem prazo de validade. Ademais, como revela o dossiê, enquanto para a ANVISA são pagos 90 reais, nos EUA cada registro custa 600 mil dólares.

MPE oferece denúncia aos acusados pela morte de Zé Maria

Nota do Movimento21 sobre os acusados do assassinato de Zé Maria do Tomé


Diante de tanta impunidade, a organização e unidade dos movimentos sociais conquistaram uma importante vitória: a 1ª Vara de Justiça em Limoeiro do Norte recebeu na terça-feira (26) o pedido cautelar de prisão e a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual contra os acusados da morte de Zé Maria do Tomé, liderança comunitária executada em 21 de abril de 2010.

Como o Movimento21 já anunciava, o agronegócio é o acusado pelos 25 tiros que tentaram silenciar a voz que denunciava os crimes socioambientais cometidos na região pelas empresas da fruticultura irrigada. As denúncias de Zé Maria sobre os conflitos de terra e sua luta pelo fim da pulverização aérea de agrotóxicos atingiam diretamente os interesses dos acusados, representantes da elite econômica e política do Estado do Ceará.

Análises laboratoriais constatam altos índices de contaminação por agrotóxicos em produtos vendidos em Porto Velho

do MP-RO

Instituições municipais, estaduais e federais de fiscalização e controle de produtos agrotóxicos participaram de um minisseminário com o tema “Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos no Estado de Rondônia”, na sexta-feira, dia 11 de maio, no auditório do edifício-sede do Ministério Público de Rondônia, em Porto Velho Também participaram do seminário órgãos de defesa do consumidor e do meio ambiente e supermercados que comercializam frutas e verduras.

O evento teve o apoio do Ministério Público de Rondônia, por meio da Promotoria do Meio Ambiente, Habitação, Urbanismo e dos Patrimônios Públicos, Histórico, Cultural e Artístico, e teve como objetivo apresentar aos participantes o resultado das análises laboratoriais realizadas em amostras de alimentos coletados em supermercados sediados no Estado, quanto aos índices de contaminação por agrotóxicos nestes produtos.

MPF pede cancelamento do registro de fungicidas que utilizam o princípio ativo Prochloraz, que podem causar câncer

Produtos utilizam o princípio ativo Prochloraz, que aumenta a incidência de câncer de mama, testículo e próstata; fungicidas desse tipo são usados em culturas de cebola, cenoura, cevada, cítricos, manga, tomate, trigo e rosa.

O Ministério Público Federal em São Paulo quer o cancelamento do registro de todos os fungicidas que utilizam o princípio ativo Prochloraz que, segundo especialistas, pode causar o aumento da incidência de câncer de mama, testículo e próstata, além de provocar danos ao meio ambiente.

A ação civil pública, com pedido de liminar, proposta contra a União, também pede que o Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa) não conceda novos registros de fungicidas à base de Prochloraz, pelo “alto grau de nocividade à saúde humana e ao meio ambiente”.

Segundo a ação, atualmente existem três agrotóxicos registrados no Mapa e que utilizam o princípio ativo cancerígeno: Jade, produzido pela Milenia Agrociências S/A; Mirage 450 EC, produzido pela Agricur Defensivos Agrícolas Ltda; e Sportak 450 EC, produzido pela Bayer S/A.

Fiscalização flagra canavieiros expostos a agrotóxicos no interior de São Paulo

Trabalhadores tinham roupas de proteção e luvas rasgadas. Alimentos e equipamentos eram guardados junto com veneno a ser aplicado

Por Verena Glass - Repórter Brasil

Entre os dias 23 e 27 de janeiro, o Grupo de Fiscalização Rural ligado à Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Ribeirão Preto realizou uma fiscalização em quatro importantes usinas nesta região do interior de São Paulo, conhecida como a Califórnia Brasileira por sua pujança econômica. O foco foram denúncias de problemas trabalhistas relacionadas ao plantio e à aplicação de agrotóxico nos canaviais.

Trabalhadores que aplicavam veneno na plantação trabalhavam com as luvas de proteção rasgadas. Fotos: Divulgação/MTE 

Venha para o mundo de Malboro

Por trás do maço de cigarros vendido ao consumidor final, escondem-se histórias de agricultores explorados, endividados e contaminados por agrotóxicos no Sul do Brasil


por Carlos Juliano Barros, da RevistaTrip

Pernas quase paralisadas, Valdemar Santos bem que gostaria de usar aquele tipo de muleta que fica sob as axilas. Porém, os caroços que pipocam nessa região – e se espalham por todo o corpo – o obrigam a apelar para um modelo de bengala que sobrecarrega o antebraço. Depois de 12 longos anos inalando agrotóxicos na lavoura de fumo que cultivava em uma pequena propriedade no município de Imbituva (PR), Valdemar desenvolveu uma grave polineuropatia.

Em outras palavras, ele sofre de uma pane geral nas terminações nervosas de seu organismo, o que prejudica não apenas sua coordenação motora, mas também seu raciocínio. Hoje, do salário mínimo que recebe a título de aposentadoria por invalidez, Valdemar embolsa apenas R$ 389. O restante já é descontado na fonte para quitar as dívidas que vem acumulando por conta de seu tratamento. “Se sinto cheiro de tinta de parede, perco a vista, dá dor de cabeça, tremelique, tosse seca. Parece que aumentam o volume dentro de mim”, afirma Valdemar, simulando o giro de um botão de rádio.

Projeto de Lei proibindo pulverização aérea com agrotóxico é discutido em São Mateus

Flavia Bernardes


Já está em tramitação na Câmara de Vereadores de São Mateus o Projeto de Lei do vereador Elias Zanelato (PT) que proíbe a pulverização aérea com agrotóxico no território do município. A medida é uma solicitação dos agricultores familiares que iniciaram em abril deste ano a Campanha Nacional contra o uso de agrotóxico na produção de alimentos, encabeçada em todo o País pela Via Campesina.

“A pulverização aérea potencializa os malefícios dos agrotóxicos que atingem tanto agricultores quanto moradores da cidade que consomem alimentos contaminados”, disse o vereador.

Segundo ele, entre as justificativas do PL estão problemas como intoxicações agudas e crônicas; má formação fetal e distúrbios endócrinos, neurológicos e respiratórios gerados pela manipulação, aplicação e consumo de agrotóxicos.

Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida é lançada no Paraná

DSC 9812 300x199 Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida é lançada no Paraná

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Brasil lidera o uso de agrotóxicos no mundo, sendo responsável por 16% do consumo mundial e 84% na América Latina

DSC 9812 300x199 Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida é lançada no Paraná

Nessa terça-feira (31) foi lançada em Curitiba a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, iniciativa que reúne cerca de 50 entidades do Brasil com o objetivo de ampliar o debate junto à sociedade sobre o consumo, a venda e os impactos ambientais provocados pelos agrotóxicos. O encontro foi realizado pela organização Terra de Direitos, o Coletivo Maio de estudantes de Direito da Universidade Federal do Paraná – UFPR, a Coordenação dos Movimentos Sociais do Paraná e a Via Campesina.

O lançamento faz parte da Jornada de Lutas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, que vai até sexta-feira (03). Milhares de militantes do estado estão na capital paranaense para discutir seu projeto de sociedade e pressionar o poder público pelos direitos dos trabalhadores do campo.