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Brasil: líder mundial em alimentos envenenados

http://newsrondonia.com.br/imagensNoticias/image/AGROTX~3.JPG

Por Tatiana Achcar | Habitat – sex, 20 de abr de 2012

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Nunca tivemos tanta comida produzida no mundo, mesmo assim um milhão de pessoas passam fome e outro milhão comem menos do que necessitam. A fome é um problema de economia mundial. Em vinte anos, o Brasil tomará dos Estados Unidos a liderança mundial na produção de alimentos. No entanto, 49% dos brasileiros estão acima do peso, sendo 16% obesos, segundo o Ministério da Saúde. A obesidade é um problema de saúde pública, logo, de economia nacional. Por que esse disparate entre a grande quantidade de alimento e a fome e o sobrepeso? Apesar das commodities agrícolas bombarem as bolsas de valores, o sistema alimentar mundial tem falhas, e das grossas: o modo de produção usa recursos naturais de maneira abusiva, o sistema está baseado na industrialização, que artificializa o alimento, e a distribuição é concentrada e controlada por poucos gigantes do setor. Alimentação em quantidade e qualidade adequada e saudável é um direito humano, mas virou artigo de luxo.

Paulo Pinto: hortifrutigranjeiros podem conter resíduos e prejudicar a saúde

Especialista em gestão de resíduos orgânicos e professor do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) do Campus III da UNEB, Paulo Augusto da Costa Pinto revela que no Mercado do Produtor de Juazeiro, considerado o quarto maior do país, e em Petrolina, não há registros de análises de resíduos de seus produtos hortifrutigranjeiros. Para o pesquisador, alguns produtos podem ter resíduos e causar danos à população.

Entrevista publicada em Ciência e Cultura Agência de Notícias em CT&I, da Universidade Federal da Bahia (Ufba)*.


Ciência e Cultura – O Brasil é um dos países que mais utilizam agrotóxico. O que isso revela em relação ao futuro na agricultura?

Paulo Pinto – Desde 2008, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Se essa forma não inteligente de produção agrícola persistir, os resultados em termos de saúde da população serão cada vez mais desastrosos. No entanto, é crescente o nível de conscientização das pessoas sobre os efeitos danosos dos agrotóxicos, sobretudo quando utilizados indiscriminadamente. Esta conscientização já notada em muitas partes do país, inclusive em nossa região. E isso poderá sinalizar para dias melhores, não sendo, entretanto, fácil a mudança do paradigma assumido nas últimas décadas, face aos interesses das empresas dos agrotóxicos no Brasil.

Agrotóxico proibido pela Anvisa é usado em Cabo Frio – RJ

Empreiteiros são obrigados a usar o veneno. Quem não usa tem o pagamento retido. Funcionários não usam luvas ou qualquer outro instrumento de proteção

do Boletim da AS-PTA

Empreiteiros responsáveis pela manutenção das ruas estão fazendo a chamada capina química em todas as ruas de Cabo Frio. O produto usado é um agrotóxico de alta periculosidade. O uso desse veneno em área urbana é terminantemente proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.

O blog [de Dirlei Pereira] registrou com fotos o momento em que funcionários de uma empreiteira aplicavam o produto. Os dois funcionários estavam sem luvas, sem botas e sem roupas especiais de couro, como manda o rótulo do produto.

Senado discute Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos

22 de março de 2012

Uma audiência pública, realizada na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal, discutiu, nesta quinta-feira (22/3), o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (Para) da Anvisa. Os dados mais recentes do Programa apontaram que 28% das amostras analisadas estavam insatisfatórias. As principais irregularidades verificadas foram: presença de agrotóxicos não autorizados para a cultura analisada ou teores de resíduos de agrotóxicos em níveis acima dos autorizados.

Durante a audiência, o gerente geral de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles, ressaltou que o Para tem se firmado com uma ferramenta importante para auxiliar os gestores de saúde na tomada de decisões relacionadas a agrotóxicos. “O programa trabalha para que a qualidade dos produtos que chegam à mesa dos brasileiros seja a melhor possível. A presença de resíduos de agrotóxicos pode representar um risco”, afirmou Meirelles.

Sociedade civil elabora propostas para Política Nacional de Agroecologia

Apesar de contexto desfavorável ao crescimento de escala da produção agroecológica no Brasil, sociedade civil não se furta do papel de provocar um debate político com o governo.
Verônica Pragana - Asacom

Denis Monteiro, secretário nacional da Agência Nacional de Agroecologia
Denis Monteiro, secretário nacional da Agência Nacional de Agroecologia (ANA) | Foto: Divulgação

O governo federal e a sociedade civil organizada estão empenhados na elaboração da Política Nacional de Agroecologia e Sistemas Orgânicos de Produção. De 10 a 12 de abril, acontecerá em Brasília, um Seminário Nacional no qual serão consolidadas as propostas das organizações e movimentos sociais do campo para esta política. O evento acontece após seminários em todas as regiões do país. A Agência Nacional de Agroecologia (ANA) anima os processos de reflexão e proposição da sociedade civil e tem intermediado o diálogo com o governo. Apesar do desejo dessa política se tornar, de fato, um conjunto de diretrizes que favoreçam a ampliação da escala de produção de alimentos agroecológicos,  as organizações e movimentos do campo acreditam que esta expectativa não será atingida no atual cenário de hegemonia do agronegócio. Mesmo sem chance de vencer essa disputa, não se furtam do seu papel de provocar um debate político com o governo e dar mais visibilidade aos exemplos práticos de produção de alimentos saudáveis para consumo dos brasileiros sem agressão aos recursos naturais. Para falar sobre o papel da sociedade civil e do governo na relação com a agroecologia e fazer uma leitura do contexto político atual, a jornalista da Asacom, Verônica Pragana, entrevistou o engenheiro agrônomo e secretário executivo da ANA, Denis Monteiro. Confiram!

Ocupe Monsanto

Do Boletim da AS-PTA - Número 578 - 23 de março de 2012

O novo movimento Occupy Monsanto, uma ramificação do Occupy Wall Street, está convocando pessoas e organizações de todo o mundo a fazer parte de um dia internacional de protestos em 17 de setembro, quando o movimento Occupy Wall Street completará um ano. O grupo demanda, entre outros, a rotulagem obrigatória de alimentos contendo ingredientes transgênicos (que não existe nos EUA) e que não sejam aprovados novos cultivos transgênicos desenvolvidos para tolerar aplicações de herbicidas altamente tóxicos (como é o caso da soja tolerante ao 2,4-D, já em testes no Brasil).

“Goste você ou não, é provável que a Monsanto tenha contaminado a comida que você comeu hoje com agrotóxicos e transgênicos. A Monsanto controla a maior parte do suprimento global de alimentos às custas da democracia alimentar ao redor do mundo”, diz o site do movimento.

Campo Grande sedia Seminário Estadual contra o uso de Agrotóxicos

O Seminário Estadual contra o uso de Agrotóxicos acontece agora a tarde (23/03) no auditório da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS).

O evento é organizado pelo Comitê Estadual Contra o uso de Agrotóxicos e pela Vida, Wanderlei Severino da Silva, ele explica que além de debater o tema o objetivo primordial do debate é organizar as diversas lideranças para compor um comitê central. “As lutas estão isoladas em Mato Grosso do Sul, precisamos unir todas as ideiais e as pessoas que irão compor as nossas regionais”.

Mulheres ocupam fazenda contra uso de agrotóxicos na Paraíba

8 de março de 2012

 

Página do MST

 

Cerca de 500 mulheres do MST ocuparam uma fazenda para denunciar a utilização exagerada de agrotóxicos no município de Sousa, na região de Patos, na Mesorregião do Sertão Paraibano, na manhã desta quinta-feira (8/3).

A Fazenda Santana utiliza grandes quantidades de agrotóxicos para a produção de algodão, que tem causado problemas de saúde para os trabalhadores da lavoura e para a comunidade que vive na região.

Coordenador do MST diz que uso de agrotóxicos em lavouras segue lógica do lucro

"Brasil deveria proibir totalmente o uso de agrotóxicos", diz Stedile

Agência Brasil

O uso de agrotóxicos nas lavouras brasileiras, como forma de elevar a produtividade no campo, foi criticado pelo coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, que participou de aula inaugural da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

MG convoca seminário estadual

Com muitos esforços e dificuldades – já que, ao contrário do agronegócio, não contamos com nenhum financiamento – o Comitê Minas Gerais vai realizar o 1º Seminário Estadual, para 100 participantes, com caráter de formação e organização. As discussões terão…