Pelo menos cinco deputados federais que foram rejeitados pelas urnas nas eleições ganharam cargos no segundo escalão do governo de Jair Bolsonaro. Além da derrota eleitoral, eles têm em comum o fato de fazerem parte da bancada ruralista – a chamada Frente Parlamentar da Agropecuária – e de terem atuação legislativa desfavorável ao meio ambiente e aos povos do campo.
O acefato é um componente altamente tóxico usado em agrotóxicos e que pode causar câncer, segundo a própria Anvisa. Em nota técnica publicada por ocasião da reavaliação do acefato, a Agência afirma que “o potencial carcinogênico do acefato foi avaliado em vários estudos em roedores (ratos e camundongos) e em um estudo em cães” e que “há uma preocupação em relação à exposição crônica à doses baixas aos possíveis efeitos sobre a saúde humana”.
Devido à alta quantidade de agrotóxico na soja proveniente do Brasil, o Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) poderia proibir temporariamente a importação, reportou o órgão.
Para instituições de meio ambiente, saúde e trabalho, o Brasil está caminhando para uma situação catastrófica. Campanhas assinadas por órgãos como Organização da Nações Unidas, Ministério Público Federal, Anvisa e Ibama apontam que o uso prolongado desses produtos químicos mata a vida do solo e provoca uma “espiral química”. Isto é: quanto mais agrotóxico se usa, mais é necessário usar. Além disso, apontam que o uso de pesticidas não resolveu o problema da fome no país e afirmam que o atual modelo de produção torna a agricultura brasileira dependente de empresas gigantes transnacionais que dominam a produção e venda de agrotóxicos.
Desde o ínicio de dezembro de 2018, o governo brasileiro tem flexibilizado o uso de agrotóxicos no País. Até agora, três mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União, sendo duas delas durante o governo Bolsonaro. O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) ainda afirma que outras modificações devem ocorrer nos próximos dias.
Somente em 2018, foram registrados 450 produtos – apenas 52 deles eram os chamados defensivos biológicos, produtos de baixa toxicidade e passíveis de serem usados também na agricultura orgânica.
O número mostra um crescimento de 10% em relação a 2017, quando foram registrados 405 produtos, sendo apenas 40 deles enquadrados como defensivos biológicos. Para efeito de comparação, em 2016 e 2015, foram registrados 150 novos produtos.
Para Luiz Claudio Meirelles, pesquisador da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e ex-coordenador de toxicologia da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Brasil é um grande consumidor de agrotóxicos e precisa começar a caminhar no sentido oposto.
“Por mais que a agricultura ainda dependa de agrotóxicos, [é necessário] que ela venha a depender de agrotóxicos de menor toxicidade e que faça um manejo mais ecológico e sustentável, em vez de optar pelo uso desenfreado de veneno, pautando seu modo de produção em cima disso.”
O Congresso Nacional deve decidir este ano se o nome “agrotóxico” será banido ou não do país. Caso o Projeto de Lei (PL) 6.299/2002, conhecido pelos opositores como “Pacote do Veneno”, seja aprovado, o termo será substituído nos documentos oficiais e nas embalagens dos produtos mandatoriamente por “pesticida”, “defensivo agrícola” ou “defensivo fitossanitário”. Mas a palavra, de uso quase exclusivo por aqui, tem um pai e criador – e ele é totalmente contra a mudança.
Entre os produtos estão químicos que já foram banidos na União Europeia e nos EUA O Globo RIO — O Ministério da Agricultura autorizou o registro de 28 agrotóxicos e princípios ativos. Outros artigos semelhantes também teriam recebido o aval…
Nas amostras, foi encontrado até glifosato, o agrotóxico mais usado no mundo, fabricado pela Monsanto e apontado como causador de câncer no seu uso contínuo na agricultura. O estudo constatou que, em diversos casos, as marcas ultrapassam os limites máximos autorizados de elementos químicos, na fabricação de um produto para um público tão sensível quanto os bebês.
O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e a Cooperbio – cooperativa camponesa da qual famílias da base do movimento são participantes – estão divulgando a programação da quinta edição da Festa da Semente Crioula. Em 2019 a atividade será realizada no dia 02 de fevereiro (sábado), tendo a sede da Cooperbio (na Tesoura, em Seberi-RS, 2 km da BR 386) como sede.
Quarenta novos produtos comerciais com agrotóxicos receberam permissão para chegar ao mercado nos próximos dias. O Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da União de 10 de janeiro o registro de 28 agrotóxicos e princípios ativos. Entre eles um aditivo inédito, o Sulfoxaflor, que já causa polêmica nos Estados Unidos. Os outros são velhos conhecidos do agricultor brasileiro, mas que agora passam a ser produzidos por mais empresas e até utilizados em novas culturas, entre elas a de alimentos.
Amanhã, em Duque de Caxias/RJ!!!
Um tribunal francês cancelou nesta terça-feira (15) a licença para um dos herbicidas à base de glifosato da Monsanto, por causa de preocupações com a segurança do produto.
A alemã Bayer, que comprou a Monsanto por US$ 63 bilhões, no ano passado, enfrenta milhares de processos nos EUA por pessoas que dizem que seus produtos Roundup e Ranger Pro causaram câncer. O uso do glifosato chegou a ser proibido pela Justiça no Brasil no ano passado por uma liminar que vigorou por quase um mês, mas depois foi derrubada.
Cerca de 80% dos casos de mortandade de abelhas — em que há morte de todas as colmeias de um apiário — no Rio Grande do Sul analisados pelo engenheiro agrônomo Aroni Sattler, em 2018, decorreram da ingestão ou contato com o inseticida fipronil. O produto é usado no Brasil para proteger sementes de soja contra insetos como o bicudo.