AS ABELHAS, KOLECZA E OS VENENOS – Jornal O Farol
"O Brasil que foi de Lutzenberger é agora o país da musa do veneno transformada em ministra da Agricultura."
"O Brasil que foi de Lutzenberger é agora o país da musa do veneno transformada em ministra da Agricultura."
Em entrevista exclusiva, a ativista indiana Vandana Shiva falou sobre a importância da democracia para criar sistemas ecologicamente, economicamente e politicamente sustentáveis. “Não podemos nos dar ao luxo de diluí-la, sequestrá-la ou destruí-la, mas fortalecê-la em todos os lugares, uma democracia profunda,…
Publicado essa semana no Proceedings of National Academy of Sciences, o artigo explica que, assim como em nós, a saúde das abelhas depende de um ecossistema de bactérias que vive em seu trato digestivo. O glifosato mata algumas dessas bactérias, causando um desequilíbrio que reduz a capacidade do inseto combater infecções.
Candidatas e candidatos às eleições de 2018, A luta contra os agrotóxicos é uma luta política. Por isso, precisamos eleger pessoas que assumam seu compromisso contra os agrotóxicos e em defesa da vida. A declaração de comprometimento a seguir reflete…
https://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2018/07/excesso-de-agrotoxicos-contribui-para-extincao-de-abelhas-e-devasta-fauna-brasileira
Gonçalves destaca que o Brasil pode ter o mesmo destino da China, onde o uso intensivo e sem controle dos agrotóxicos levou ao nascimento do "homem-abelha": funcionários que fazem a polinização manualmente e colocam pólen nas plantas com uma vareta. O professor da USP destaca que esta atividade humana está longe de ter a mesma eficácia que a polinização feita pelas próprias abelhas.
O produtor de abelhas, Alexandre Godinho, trabalha com o manejo há 15 anos na região com abelhas sem ferrão, as melíponas. Ele afirma que a chegada dos agrotóxicos diminui a produção e aumenta a mortandade das abelhas. “As abelhas se alimentam do néctar e pólen e acabam contaminando a colmeia, e com o tempo elas morrem”, explicou.
O meio ambiente também será duramente afetado. O aumento do uso de agrotóxicos tem levado, entre outros crimes ambientais, ao desaparecimento de abelhas, que participam da polinização de mais de 70% das espécies vegetais. Sem abelhas, a reprodução da flora e a produção de alimentos são duramente prejudicadas.
Enquanto a gente retrocede...
Vitória na União Europeia!
Em Pirassununga, o apicultor Gilberto de Jesus Scherma mostrou a quantidade de abelhas mortas que ainda estão no chão em sua propriedade, que tem 90 caixas com colmeias.
Ele trabalha na área há 40 anos e acredita que o agrotóxico utilizado nas plantações de cana, algodão e eucalipto na região causou as perdas. Para produzir o mel, as abelhas voam por um raio de cerca de 5 quilômetros atrás de pólen
O exame feito por um laboratório de São Paulo apontou princípios ativos de agrotóxicos nos 11 insetos analisados.
O exame feito por um laboratório de São Paulo apontou princípios ativos de agrotóxicos nos 11 insetos analisados.
Após o experimento, os pesquisadores observaram que os pássaros do grupo controle mantiveram massa corporal e preservaram sua orientação norte-norte, conforme a direção de seu fluxo migratório. Já os que receberam imidacloprida exibiram perda significativa nas reservas de gordura e massa corporal conforme as dosagens recebidas. E os tratados com clorpirifós não tiveram prejuízos sobre a massa corporal, mas danos significativos na orientação.
Na tentativa de limpar sua imagem, cada vez mais manchada em todo o mundo em meio a processos na Justiça e desvalorização de suas marcas, os fabricantes investem em estudos em parceria com instituições respeitadas.
No Brasil não é diferente. Por aqui, a nata da chamada indústria do veneno se juntou a outros setores do agronegócio e a sindicatos patronais, criando a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A).