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Governo liberou registros de agrotóxicos altamente tóxicos

Quarenta novos produtos comerciais com agrotóxicos receberam permissão para chegar ao mercado nos próximos dias. O Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da União de 10 de janeiro o registro de 28 agrotóxicos e princípios ativos. Entre eles um aditivo inédito, o Sulfoxaflor, que já causa polêmica nos Estados Unidos. Os outros são velhos conhecidos do agricultor brasileiro, mas que agora passam a ser produzidos por mais empresas e até utilizados em novas culturas, entre elas a de alimentos.

Por que o Ceará é pioneiro em vetar a aplicação aérea de agrotóxicos

A mudança na legislação no estado do Ceará foi impulsionada pelo movimento civil organizado em torno do tema. Ele tem origem, por sua vez, na mobilização local por restrições ao uso de agrotóxicos na Chapada do Apodi, uma região montanhosa que fica no Baixo Jaguaribe, na divisa entre Ceará e Rio Grande do Norte pontuada por áreas de produção de frutas. Em 2009, denúncias feitas pelo líder rural José Maria de Tomé, ou Zé Maria de Tomé, levaram a câmara dos vereadores de Limoeiro do Norte a promulgar a lei municipal 1.278, que proíbe a pulverização de agrotóxicos no município. No dia 21 de abril de 2010, Zé Maria foi assassinado com 25 tiros de revólver no mesmo município, após ter denunciado casos de descumprimento da lei, além de grilagem de terras e expulsão de agricultores. Um mês após o homicídio, a lei foi revogada.

Agrotóxicos matam abelhas, diz Ufersa

“Os resultados das análises das 38 amostras foram surpreendentes e apresentam alto índice de frequência de detecção dos agrotóxicos fipromil e neonicotinóides”, revelou o pesquisador. Outra constatação é de que a carga de agroquímicos suportada pelas abelhas analisadas é alarmante. “As contaminações por resíduos de agrotóxicos nas abelhas têm uma dimensão muito maior do que estimamos”, acrescentou.