Construída pela primeira vez em 2002, a Jornada de Agroecologia completa em 2018 sua 17ª edição, fruto da construção dos agricultores e agricultoras paranaenses que buscam outro modelo de produção agrícola com valorização do trabalho, da biodiversidade e da soberania alimentar brasileira.
Este ano a jornada está num contexto peculiar. Em 2018 completamos 30 anos da Constituição Federal, mas com extremo desmonte das conquistas democráticas e das políticas públicas construídas desde 2002. É evidente a inclinação do atual governo federal para um modelo agrícola dependente, com a base ancorada no monocultivo exportador, nas sementes transgênicas e na alta utilização de agrotóxicos, com impactos severos ao povo brasileiro.
O Encontro Nacional de Agroecologia segue a todo vapor! Hoje teremos nosso seminário sobre agrotóxicos e transgênicos, as 14h na tenda 6: não percam!
“Em nome da Abrasco e do nosso Grupo Temático Saúde e Ambiente, ressalto o esforço – não só da Saúde Coletiva, mas de outras entidades, como a Associação Brasileira de Agroecologia e a Fiocruz. Estamos entregando não só um dossiê contra o PL, mas uma documentação com sólida base científica em defesa do Política Nacional de Redução de Agrotóxicos – PNARA. Para nós é estratégica tanto a denúncia como a apresentação de uma política de redução de venenos com base científica. Esse material tem mais 15 notas técnicas, desde as sociedades científicas, como a Abrasco, SPBC, além de órgãos técnicos como Ibama, Anvisa e Ministério da Saúde, Ministério Público do Trabalho e outros. É um acúmulo da sociedade brasileira, uma munição para que consigamos reverter esse quadro”, disse Fernando Carneiro, membro do GT Saúde e Ambiente da Abrasco e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz – Ceará.
Vai ter ENA...
Acompanhe cobertura completa e participe!
Vem aí a 17ª Jornada de Agroecologia no Centro da capital paranaense.
Acompanhe toda a programação e cobertura. Participe!
É preciso ressaltar que as monoculturas de eucalipto das papeleiras começaram a ser implantados no norte do Espírito Santo há mais de meio século. A primeira fase, sobre o túmulo da Mata Atlântica de Tabuleiro que a própria Aracruz Florestal arrancou com seus correntões de ferro. A segunda fase da expansão dos eucaliptos se deu em áreas degradadas pelas monoculturas de café e gado.
Os moradores do Território Quilombola Tradicional do Sapê do Norte, no norte do Espírito Santo, foram testemunhas, na manhã desta segunda-feira (21), de mais um capítulo de um dos tantos crimes recorrentes protagonizados pelas multinacionais do papel e da celulose na região: o conhecido avião amarelo fez nova aspersão aérea de “defensivos agrícolas” sobre os plantios de eucalipto, atingindo também lavouras e mesmo casas de comunidades quilombolas como Angelim e Juca Ramos.
Luta contra os agrotóxicos é apoiar a agroecologia!
#RumoaoVIENA!
[alert type=”warning”][atualização] ONU se manifesta contrária ao Pacote do Veneno [/alert] Em poucos dias, diversas notas de repúdio ao Pacote do Veneno – PL6299/02 foram divulgadas por diversos órgãos públicos. O repúdio ao Pacote do Veneno é unanimidade. Organização das…
Nesta segunda-feira (8), a Plataforma #ChegaDeAgrotóxicos divulgou um manifesto assinado por 320 organizações da sociedade civil externando seu repúdio ao Projeto de Lei 6299/02, conhecido como Pacote do Veneno. O manifesto salienta os vários retrocessos presentes na proposta, como por…
A ativista Vandana Shiva (Dehradun, Índia, 1952) dedicou boa parte de sua vida desconstruindo supostos benefícios da agricultura industrial, que ela situa como ingrediente principal na receita para acabar com nossa saúde e com a do planeta. Com um sorriso cativante, mostra-se firme na hora de defender o papel de liderança que as mulheres devem desempenhar na luta pela soberania alimentar e a agroecologia. Acaba de apresentar Quién alimenta realmente al mundo?, editado por Capitán Swing.
“Estamos em um período em que o mercado pode decidir o que vai ser ou não ofertado para o brasileiro desconsiderando as análises de risco.” Para o vice-presidente da regional sul da Associação Brasileira de Agroecologia, Leonardo Melgarejo, o momento atual em torno das discussões de rotulagem de alimentos transgênicos é perigoso. Além disso, ele fala de alternativas sobre os modos de produção e quais são os interesses por trás da retirada do símbolo.
Ao todo serão oferecidos cerca de dois mil títulos, das mais variadas áreas de atuação da editora como educação, comunicação, direito, história e literatura. Mas, combinando com o tema central da Feira organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a coleção dedicada à agroecologia terá destaque na circulação. É o que explica Carlos Bellé, que compõe equipe da editora.
“A coleção de agroecologia, dentro do espaço Café Literário, tem dois grandes objetivos. O primeiro é explicitar que a alimentação saudável só é possível com agroecologia. Por outro lado, significa um combate à política do agronegócio dentro do pacote do agroquímico. Então são duas formas de ver, visualizar e sentir o desenvolvimento de que tipo de alimentação saudável nós queremos em oposição à política mais geral no campo do agronegócio”, disse.
Bela Gil no acampamento Lula Livre: Agroecologia é um instrumento para fazer do comer realmente um ato político para todos os Brasileiros.
#LulaLivre
O ENA é a gente que faz!
Realizado desde 2002, o ENA é o maior encontro de agroecologia de todos os biomas do Brasil. A edição deste ano deve mobilizar cerca de 2 mil representantes, entre agricultores, agricultoras, indígenas, quilombolas, representantes de povos e comunidades tradicionais de todos os estados, contando com a visita de mais de 30 mil pessoas.
Segundo Denis Monteiro, secretário executivo da ANA, já foi arrecadado mais de 60% do orçamento total do encontro com parceiros institucionais, mas ainda são necessários aportes adicionais para garantir a qualidade e a repercussão do evento. “A campanha é uma oportunidade para o cidadão e a cidadã, e também para empresas e pessoas do setor de alimentos e serviços, contribuírem para a realização do encontro, que faz parte de um movimento de transformação da agricultura brasileira”, conta.
Com a mobilização de agricultores ecologistas e outras parcerias, foram definidos os produtos e serviços a serem oferecidos como recompensas aos apoiadores da campanha. As opções vão de sementes crioulas a cursos e palestras relacionadas à agroecologia, passando por alimentos, serviços e contrapartidas de visibilidade de marcas, entre outros benefícios físicos ou virtuais. Novas recompensas serão adicionadas à campanha, que será finalizada dia 15 de maio.