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NOTA DA CUT SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE REDUÇÃO DE AGROTÓXICOS (PRONARA)

A Central Única dos Trabalhadores – CUT Brasil, por intermédio de sua Secretaria Nacional do Meio Ambiente, vem através desta nota externar sua preocupação acerca dos últimos acontecimentos que envolvem a problemática dos agrotóxicos no país.

O Brasil vem há anos ocupando a liderança no ranking mundial de consumo de agrotóxicos, segundo dados da ANVISA, com um crescimento de 190% na última década, enquanto que o mercado mundial cresceu 93%. No Brasil, a média de consumo anual per capita de agrotóxico é de inacreditáveis 7,3 litros. Para a classe trabalhadora os impactos são imensuráveis, como na crescente incidência de diferentes tipos de câncer, depressão (que leva a suicídios) neurotoxicidade, provocam aborto e impactos severos ao sistema imunológico.

Diante disso, o movimento sindical e social reivindicou ações concretas do governo federal que o levasse a cumprir com sua obrigação de priorizar a proteção à saúde da cidadã e do cidadão brasileiros, ações que promovam a pesquisa e o uso de tecnologias que possibilitem a produção de alimentos mais saudáveis, sem causar impactos sociais e ambientais, que preservem a saúde e a vida, das trabalhadoras e trabalhadores, e de toda a população.

Dossiê da ABRASCO sobre os perigos dos agrotóxicos para a saúde é lançado no Paraná

Na última quarta-feira (30), entidades e movimentos sociais lançaram o Dossiê da ABRASCO – Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde no Paraná. O evento ocorreu no auditório da APP sindicato em Curitiba e contou com a presença de dezenas de pessoas.

Segundo Nanci Ferreira Pinto, do Comitê da Campanha Contra os Agrotóxicos no Paraná, “o espaço foi um momento importante para discutir a expansão do uso de agrotóxicos no estado e como esse avanço tem sido amparado pela mídia que defende o agronegócio como projeto de desenvolvimento para o campo brasileiro e assim dificulta a divulgação dos seus impactos na vida da população.”

Nanci ainda apresentou um panorama da atuação da Campanha no estado, em que ressaltou locais onde há grupos com algum nível de organização e pediu à todos que ajudassem a avançar nas ações contra os agrotóxicos. O relato foi complementado por Jakeline Pivato, da Via Campesina, que falou sobre iniciativas como a realização das Jornadas de Agroecologia que deu importante vigor para a visibilidade da Campanha.

Durante a atividade o Prof. Fernando Carneiro, integrante do GT de Saúde e Ambiente da Abrasco e diretor da Fiocruz Ceará, junto com outro presentes, comentaram sobre ações desenvolvidas sobre a questão dos agrotóxicos, como a pesquisa sobre a saúde na relação com o trabalho na fumicultura em Rio Azul e Protocolo de Investigação de Intoxicações Crônicas por Agrotóxicos organizada pelo professor Paulo Perna, do Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva, o Observatório dos Agrotóxicos pelo Prof. Guilherme Albuquerque, entre outros.

Movimentos protestam após governo recuar sobre lançamento do Pronara nesta terça

A presidenta Dilma havia se comprometido publicamente com o lançamento do Pronara durante a Marcha das Margaridas, realizada em agosto desse ano. No entanto, a expectativa de lançamento durante abertura da V Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, nesta terça, foi frustrada.

Veja moção de repúdio que deverá ser aprovada ao final da conferência:

 

MOÇAO DE REPÚDIO AO NÃO LANÇAMENTO DO PRONARA – PROGRAMA NACIONAL DE REDUÇÃO DE AGROTÓXICOS NA 5ª CONFERENCIA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Desde 2008, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de consumo de agrotóxicos. Enquanto nos últimos dez anos o mercado mundial desse setor cresceu 93%, no Brasil, esse crescimento em 190% (Anvisa). Atualmente 70% dos alimentos in natura consumidos no país estão contaminados por agrotóxicos (Dossiê Abrasco - um alerta sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde).

Esta situação alarmante resulta do uso de exagerado (7,3 litros de agrotóxicos por habitante ano ) de diversas substâncias utilizadas na agricultura e no controle de vetores urbanos. Chamadas genericamente de Agrotóxicos, possuem uma característica: são biocidas.

Em sua maioria agem de forma insidiosa impactando gravemente sobre a saúde da população e do ambiente. Servindo aos interesses do agronegócio e transnacionais associadas, controladoras dos mercados de sementes, commodities, venenos e fármacos, ameaçam a saúde a segurança e a soberania alimentar de nosso povo .

Como demonstra o Instituto Nacional do Câncer - INCA (2015) em seu recente posicionamento sobre o impacto dos agrotóxicos, entre os efeitos da exposição crônica destacam-se infertilidade, câncer, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal e efeitos sobre o sistema imunológico .

Esta situação é inaceitável e pode ser revertida como demonstra o acúmulo evidências cientificas e sociais sobre a demanda de comida de verdade, adequada e saudável, sem agrotóxicos e transgênicos, produzida de maneira respeitosa ao ambiente a cultura e a história dos povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares camponeses de base agroecológica.

Resultado da crescente participação social e da articulação com os movimentos sociais do campo e da cidade, foi lançada a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – PNAPO. Dentro dela, o PRONARA - Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos, se revela condição indispensável.

O PRONARA, que ainda aguarda a aprovação do governo, levará a redução dos agrotóxicos e a transição da matriz tecnológica dominante para sistemas sustentável de produção.

No ar, a nova edição do Boletim POLITIZANDO, uma …

No ar, a nova edição do Boletim POLITIZANDO, uma publicação do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Política Social da UnB (NEPPOS/UnB). O novo número versa sobre o tema da alimentação de qualidade, da soberania alimentar e agroecologia. Confiram: http://neppos.unb.br/politizando/POLITIZANDO20.pdf

No ar, a nova edição do Boletim POLITIZANDO, uma …

No ar, a nova edição do Boletim POLITIZANDO, uma publicação do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Política Social da UnB (NEPPOS/UnB). O novo número versa sobre o tema da alimentação de qualidade, da soberania alimentar e agroecologia. Confiram: http://neppos.unb.br/politizando/POLITIZANDO20.pdf

O mito do “Caçador de Mitos” e os agrotóxicos ingeridos pelo povo brasileiro

por Cléber Folgado

No último dia 22 de outubro de 2015, numa página de internet da Veja, Leandor Narloch - o auto-intitulado "Caçador de mitos", buscou (des)construir o suposto mito em relação aos dados divulgados amplamente por diversos meios de comunicação de que o consumo de agrotóxicos no Brasil equivale a 5,2 litros de agrotóxicos por habitante. A reflexão feita pelo caçador de mitos merece nosso breve comentário.

A massificação desta informação se deu a partir do ano de 2011, quando em 7 de abril, em referência ao dia mundial da saúde, foi lançada a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida. A Campanha tem por objetivo visibilizar os problemas causados pelos agrotóxicos e ao mesmo tempo apresentar as alternativas agroecológicas, rompendo assim com as barreiras impostas pela mídia e meios de comunicação que em geral a respeito do tema. A mídia frequentemente omite dados importantes em relação aos problemas causados pelos agrotóxicos na população brasileira.

Obviamente, nenhum brasileiro bebe 5,2 litros de agrotóxicos, pois se assim o fosse estaríamos todos mortos. Aqui já se mostra como a informação é tergiversada, pois o que foi divulgado pela Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida e pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) é que o consumo de agrotóxicos no Brasil EQUIVALE a cerca de 5,2 litros de agrotóxicos por habitante. Aliás, esse já é um dado ultrapassado, que refere-se ao ano de 2008, quando o Brasil se tornou o maior consumidor de agrotóxico do mundo. Atualmente, o consumo de agrotóxicos no Brasil equivale a cerca de 7,3 litros de agrotóxicos por habitante se dividimos a quantidade de litros vendidos pela população brasileira.

Diga não aos exterminadores de sementes

Diga não aos exterminadores de sementes! Contra o Projeto de Lei 1117/2015 no Brasil (antes, PL 268/2007) Vamos impedir que nossas sementes se tornem suicidas No mês em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação, mais uma vez está tramitanto no Congresso brasileiro um Projeto de Lei (PL) que afeta diretamente a soberania alimentar e os direitos dos agricultores no Brasil e no mundo. Trata-se de um Projeto de Lei que visa legalizar a tecnologia Terminator, que não está permitida em qualquer país, graças à moratória internacional que foi aprovada pelas Nações Unidas (Convênio de Diversidade Biológica) em 2000. A tecnologia Terminator é a esterilização genética de sementes. Se o Brasil legalizar esta tecnologia, estará violando a moratória internacional e permitirá que as empresas transnacionais pressionem outros países para liberá-la. O PL 1117-2015, apresentado pelo Deputado Alceu Moreira (PMDB/RS), permite isenções específicas para o uso do Terminador mas, ao mesmo tempo, a redação deixa uma lacuna gigantesca que permite que a tecnologia Terminator seja usada para qualquer cultura, quando for considerada benéfica para a biossegurança. Por quase duas décadas, a tecnologia controversa Terminator foi amplamente condenada por agricultores, organismos científicos, governos e sociedade civil/movimentos sociais como uma ameaça à soberania alimentar, biodiversidade e direitos humanos. Em maio, o Papa Francisco escreveu sobre a ameaça representada pelas "sementes inférteis.” É muito importante que, do Brasil e do mundo, nos manifestemos junto aos Deputados da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural sobre os graves riscos desta liberação, demandando a rejeição ao PL. Com Terminator, os produtores serão escravos das transnacionais de sementes, que vão decidir sobre a comida de todos! Esta é uma campanha organizada por: ActionAid Brasil ANA – Articulação Nacional de Agroecologia AS-PTA Centro Ecológico Centro Sabiá CONTAG Cooperativa AECIA Cooperativa Econativa CTA - ZM FASE - Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional FBSSAN - Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional FESANS/RS Grupo ETC GEA - Grupo de Estudo em Agrobiodiversidade Movimento dos Pequenos Agricultores MMTR-NE MST Multirão Agroflorestal Plataforma Dhesca Brasil Rede de Mulheres Negras para Segurança Alimentar Rede Ecovida de Agroecologia Terra de Direitos Via Campesina Brasil Assine aqui: https://goo.gl/QL7mFe

“Essa discurseira da sustentabilidade veio …

"Essa discurseira da sustentabilidade veio profanada pela ONU. Esse princípio que parece super poderoso vai se traduzir ou se vulgariza em três dimensões: Social, Econômica e Ecológica. Uma ideia que vai se fragmentando e nada se explica. Por exemplo, o que é economicamente viável? Viável é aquela economia que permite a reprodução do capital. Esse discurso generaliza e não responsabiliza", afirma José Maria Tardin no Seminário Reforma Agrária e Agroecologia na #FeiraDaReformaAgrária

Agora

Agora: sábado, dia 10/10 a partir das 10h é dia de Ocupar Passarinho!! Teremos várias atividades na pracinha do bairro! O objetivo principal desta atividade é ocupar Passarinho, comunidade entre Recife e Olinda, com cultura, feira agroecológica, música, agricultura urbana, grafite, lambe lambe e muito mais!! Em especial, convidamos para a oficina Agricultura Urbana: "Agroecologia e Direito à Cidade: Cultivando saúde e comida de verdade", onde faremos um papo sobre plantios na cidade, saúde e alimentação, prática de compostagem caseira, direito à cidade e sobre o Coletivo Nacional de Agricultura Urbana e o I Encontro Nacional de Agricultura Urbana! Na oficina estarão presentes o comitê PE da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida e Núcleo de Pesquisas e Práticas Agroecológicas/Geografia-UFPE Participe da nossa oficina e contribua trazendo suas sementes, mudas, resíduos orgânicos para nossa compostagem e lanche, se possível frutas da época!

Hoje começa o IX Congresso Brasileiro de …

Hoje começa o IX Congresso Brasileiro de Agroecologia, organizado pela Associação Brasileira de Agroecologia. O evento ocorre em Belém do Pará, e deve contar com mais de 3000 inscritos. Ao contrário do que muitos pensam, agroeocologia não é uma volta ao passado. Agroecologia é tecnologia de ponta, desenvolvida para viabilizar uma produção limpa, ecologicamente, e justa, socialmente. Durante esta semana, estarão em debate não só técnicas de cultivo, compostagem e manejo do solo e da água, como também feminismo, questão indígena e reforma agrária. Acompanhem o congresso pelo site, que irá posteriormente divulgar os trabalhos. http://www.cbagroecologia.org.br/

Belém sedia maior evento de agroecologia do Brasil

Belém e a Amazônia recebem pela primeira vez o Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) que reunirá mais de 3 mil pessoas, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, de 28 de setembro a 01 de outubro. Em sua 9ª edição, o evento congrega em um só lugar produtores, artesãos, discussões acadêmicas, movimentos sociais, ativistas, feiras, visitas técnicas e eventos culturais, apresentando à cidade não apenas uma atividade produtiva e o consumo de produtos mais saudáveis, mas todo um modo de vida que consagra em harmonia, o trabalho, a produção, as pessoas e o meio ambiente.
 
As inscrições continuam abertas no site do congresso (www.cbagroecologia.org.br) e também poderão ser feitas no local do evento, na manhã da abertura, no dia 28/09. Mas a população da capital que não participará dos debates e mesas, também está convidada a aproveitar alguns presentes do evento à Belém, como a Feira de Saberes e Sabores, um espaço com 150 expositores, que trarão uma mostra da diversidade da produção agroecológica da Amazônia, com comidinhas saudáveis, frutas, verduras, mel e derivados, produtos semi-industrializados, biojóias e muito artesanato. Uma vasta programação cultural diária, sempre no intervalo do almoço e ao final do dia, será outra grande atração gratuita para quem quiser visitar a feira e o congresso no Hangar.
 
IX CBA

O congresso traz como tema "Diversidade e Soberania na Construção do Bem Viver", assunto que tem tudo a ver com a Amazônia, que pela primeira sedia o evento. A região concentra uma diversidade ecológica, histórica, cultural, social, econômica e política, que sintetiza a essência da caminhada agroecológica, conforme avaliou Irene Cardoso, presidente da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), promotora do CBA.
 
Serão duas grandes conferências, 12 mesas-redondas, 10 rodas de conversas, nove seminários e 22 oficinas, além de debates das apresentações orais ou escritas dos 165 relatos de experiências e outros 1200 posteres de trabalhos acadêmicos, divididos em 42 diferentes espaços no interior do Hangar. Esses, entre as novidades do CBA que promove a aproximação e a troca de saberes entre a academia, o chamado saber científico, e a vivência das populações tradicionais, o saber tradicional, que ganham esse espaço, lado a lado, para a construção conjunta e aprofundamento da agroecologia na Amazônia e no Brasil.

Governo e sociedade civil se reúnem no seminário Dialoga Brasil Agroecológico

Evento discutiu o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara) e contou com o lançamento do Dossiê Abrasco sobre Agrotóxicos. Ministro Patrus Ananias recebeu uma cópia

Por Comunicação Abrasco

Representada por membros dos grupos temáticos Saúde e Ambiente (GTSA) e Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva (GT ANSC), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva participou do Seminário Dialoga Brasil Agroecológico, realizado entre 16 e 18 de setembro, em Brasília. O evento, organizado pela Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO), teve o objetivo de promover a troca de opiniões e de ideias entre o governo federal e a sociedade civil, gerando contribuições para a elaboração do 2º Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (2º Planapo), período 2016-2019, a partir da proposta da Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (CIAPO).

Um dos pontos importantes do 2º Planapo é o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), razão pela qual a Abrasco foi convidada a fazer o lançamento do Dossiê Abrasco: Um Alerta dos Impactos dos Agrotóxicos na Saúde ao final da cerimônia de abertura do evento, no Palácio do Planalto, na noite do dia 16.

O evento contou com a participação dos ministros Miguel Rossetto (Secretaria Geral da Presidência da República) e Patrus Ananias (Ministério do Desenvolvimento Agrário), além representantes da sociedade civil, como Generosa de Oliveira Silva, representante da Marcha das Margaridas; Maria Emília Pacheco, presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), e Paulo Petersen, pela CNAPO, AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia e Associação Brasileira de Agroecologia (ABA).