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Artigo: um ministro da Justiça a serviço dos Ruralistas | Brasil de Fato

Apesar de estar em vigor desde 1988, os grupos ligados ao agronegócio sempre se opuseram e buscaram formas de inviabilizar as demarcações. A mais recente ofensiva dos latifundiários aos direitos indígenas foi publicada no Diário Oficial da União do último 18 de janeiro, pelo ministro da “Justiça”, Alexandre de Moraes, alterando o decreto 1.775 de 1996, que regulamenta o procedimento administrativo de demarcação.

Queimadas no Xingu crescem 58% em consequência do agronegócio, diz Ibama

Segundo o Ibama, a mudança causa "o declínio dos ventos carregados de umidade que vêm do oceano para o continente, causando, assim, o aumento da intensidade e do período de épocas de seca em várias regiões do país".

O resultado direto da secura é o aumento de queimadas no Xingu. Traduzido pelo órgão em números: em 2008, o parque indígena registrou 93 incêndios florestais. O número saltou para 147 no ano passado. Em 2015, foram 185 ocorrências, contra 157 em 2014.

Agroecologia nas escolas do campo: construção do futuro feita à mão e sem permissão

A agroecologia junta camponeses e cientistas em sua construção. Ela sistematiza, no plano do conhecimento científico, o estágio atual de articulação de estudos e práticas que confrontam o modelo industrial capitalista de fazer agricultura, hoje conhecido como “agronegócio”. Este modelo ainda é dominante e hegemônico, mas está em crise porque os danos ambientais, sociais e humanos de sua lógica começam a ser percebidos mais amplamente e já afetam até mesmo a viabilidade econômica do “negócio da agricultura”.

Temer antecipa ‘pacote do veneno’ e proíbe Anvisa de se manifestar sobre agrotóxicos

Não resta mais dúvidas: Anvisa parece já passar as atribuições sobre agrotóxicos para o Ministério da Agricultura.

"Para especialistas da área, a mudança no controle das informações faz parte de uma ação coordenada por representantes do agronegócio que trabalham para acelerar a tramitação e aprovação de projetos de lei que compõem o chamado pacote do veneno. São projetos que, entre outras coisas, vão facilitar a aprovação, o registro, a comercialização, a utilização, o armazenamento e o transporte de agrotóxicos, aumentando a presença dessas substâncias nas lavouras brasileiras."

Veneno na mesa: Brasil é campeão mundial de uso de agrotóxicos

Todos esses produtos são muito perigosos. E a explicação para o Brasil permitir o uso de altas concentrações de agrotóxicos é o agronegócio. O país tem se configurado como uma economia agroexportadora. Oito dos dez produtos mais exportados pelo Brasil vêm do agronegócio. O glicosato, por exemplo, é vendido "casado" com sementes transgênicas. Hoje, 98% da soja produzida no Brasil é transgênica.

Nº de libertados em trabalho análogo ao escravo cai 34% em 1 ano; total é o menor desde 2000

A escravidão não acabou. O agronegócio escraviza.

Uma pena é o título maldoso da reportagem, que leva a crer que houve menos crimes, e não menos fiscalização, como explicado depois.

"Os números podem não mostrar a realidade. Esse tipo de crime invisível, como o trabalho escravo, só pode ser quantificado quando tem visibilidade e, para isso, precisar ter mais fiscalização. Sem fiscalização, não tem visibilidade, e os números dão a impressão que a situação está melhor, resolvida"

Agronegócio

Agronegócio, a mentira do Brasil!

"Por fim, tem o mito de que o agronegócio alimenta o Brasil. Este já é quebrado com o foco do setor ser voltado à exportação. Ficamos, nós brasileiros, com o que sobra. Quando o mercado externo está aquecido, sobra menos, o preço, então, para nós, aumenta. Quando o preço cai, inclusive, agricultores jogam o alimento no lixo, como vimos nesta semana em relação ao tomate, na Bahia. Ainda, segundo o IBGE, mais de 7 milhões de brasileiros passam fome, mesmo com uma previsão de produção de grãos, de mais de 210 milhões de toneladas neste ano."

Governo diz que lista suja do trabalho escravo será ‘aprimorada’ e suspende divulgação

Agronegócio, além de envenenar, escraviza. E o governo golpista, cúmplice, proíbe novamente a divulgação da lista suja.

Tiago Cavalcanti e o também procurador Maurício Ferreira Brito, coordenador e vice da Conaete, respectivamente, falam em "postura omissiva" e "notório desinteresse" do Ministério do Trabalho e da União na publicação da lista, "o que representa um retrocesso deliberado e injustificado no enfrentamento à escravidão contemporânea".