Qual a participação do capital estrangeiro no agronegócio brasileiro?
Nas últimas duas décadas, em que pesem retrocessos em alguns temas ou as polêmicas suscitadas pelo processo de renovação do Código Florestal, a legislação avançou no que diz respeito a proteção de florestas e biodiversidade, assim como aumentou em todos os biomas brasileiros o número de parques e outras unidades de conservação. Esses avanços, no entanto, correm sério risco. O governo Michel Temer, desde sua efetivação, orienta a maior ofensiva contra a legislação ambiental brasileira desde o fim da ditadura.
A bancada ruralista, após emplacar dois ministros de peso no governo Temer – Blairo Maggi, na Agricultura, e Osmar Terra, no Desenvolvimento Social e Agrário –, quer aproveitar o momento para tornar mais palatável às empresas nacionais e internacionais a legislação nacional em temas como biodiversidade, mineração, demarcações de terra, direitos indígenas, transgênicos e licenciamento ambiental.
Na manhã desta quarta-feira (16), ocorre a abertura do Seminário Matopiba: conflitos, resistências e novas dinâmicas de expansão do agronegócio no Brasil.
A atividade é realizada no centro de formação da Contag em Brasília, entre os dias 16 a 18 de novembro. Na oportunidade se fazem presentes representantes de organizações camponesas internacionais, bem como, de todas as regiões do Brasil.
Fotos: Adi Spezia
Temos ainda um longo caminho a percorrer, pois esse debate precisa ser ampliado dentro das organizações urbanas, colocar para sociedade como ponto de pauta essa questão dos alimentos saudáveis, denunciar o uso abusivo dos agrotóxicos e os perigos que traz a saúde da população, os prejuízos ambientais e ao mesmo tempo como podemos avançar quanto organizações sociais na relação Campo e Cidade.
Nesta sexta-feira, dia 4/11, um grande aparato policial foi mobilizado para invadir a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema, SP. Sem mandato judicial, policiais invadiram a escola, dispararam tiros com armas letais e prenderam dois militantes, sendo um idoso…
O ataque de hoje à Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) não atingiu apenas o MST. A ENFF é a casa de todas e todos que lutam por um mundo melhor, sem agrotóxicos nem transgênicos, com comida saudável, produzida de forma justa e soberana para o povo.
A nossa Campanha realizou na ENFF, na semana passada, um Encontro Internacional sobre Luta contra os Agrotóxicos, e a Plenária Nacional da Campanha. Repudiamos de forma veemente a criminalização dos movimentos sociais, e exigimos que sejam punidos aqueles passaram por cima da lei para manchar a imagem da escola.
Convocamos a todas e todos para estarem lá amanhã prestando nossa solidariedade a este espaço tão importante para nós.
Como agronegócio e seu sistema de produção afeta a nossa cadeia alimentar no Brasil...
Olha ai o agronegócio entrando mais uma vez no ranking de efeitos prejudiciais para o meio ambiente.
O setor agropecuário é responsável por 69% das emissões de gases do efeito estufa no Brasil, segundo balanço divulgado hoje (26) pelo Observatório do Clima - rede que reúne 40 organizações da sociedade civil. Estão incluídos nesse percentual os poluentes decorrentes do processo digestivo dos rebanhos, o uso de fertilizantes e o desmatamento para abertura de novas áreas para a atividade econômica.
Da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida Fotos: Iris Pacheco De 24 a 26 de outubro, a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP), recebe o Seminário Diálogos Internacionais sobre a luta contra os agrotóxicos. Organizado pela…
Têm as outras duas primeiras teses como perspectivas antagônicas as quais considera ameaça ao campesinato na medida que avança com o projeto de transformação do campesinato em agronegócio sob a chefia da Kátia Abreu que defende escancaradamente o Uso de Agrotóxicos para a alimentação dos pobres. Esta perspectiva para o campo ganha força na medida em que esta mesma pessoa assume o cargo de Ministra de Estado da Agricultura e Abastecimento, negando os valores e a capacidade socioeconômica, cultural e ecológica que cumpre o campesinato. Abaixo alguns elementos dos dois projetos em disputa:
http://mpabrasil.org.br/soberania-alimentar-e-projetos-em-disputa/
A máquina do agronegócio funciona vinte e quatro horas por dia, todos os dias perpetrando e implementando planos de assassinatos de indígenas, camponeses, ambientalistas, daqueles que estão no seu caminho e colocam algum tipo de dificuldades para seus intentos sem limites de exploração fundiária.
Desde 2015, temos visto níveis sem precedentes de fusões pelas poucas corporações do agronegócio na forma de fusões e aquisições como Monsanto-Bayer, Dow-DuPont, Syngenta-ChemChina, Agrium Inc. e Potash Corp. Com estas consolidações, apenas quatro empresas controlam mais dois terços da produção mundial de insumos agrícolas, dando-lhes a capacidade de manter como refém a agricultura mundial para os seus lucros. A fome e a pobreza vão piorar na medida em que estas empresas que ganham enormes lucros por meio de segregação, a diversidade de alimentos será reduzida e a impunidade reforçada, bem como seu controle sobre as políticas agrícolas e dos Estados Soberanos.
O agronegócio surge no cenário global cumprindo o papel que a poderosa geopolítica dos grandes estabelece para cada país do mundo. E embora o setor apareça como sustentáculo da economia nacional, na verdade, o nosso papel – de fornecedores de produtos primários e commodities – enfraquece a posição do Brasil em relação às nações industrializadas e lhe retira da urgente tarefa de produzir para o mercado interno, garantindo o direito ao alimento, no campo e na cidade. A monocultura também implica na perda do direito ao trabalho, seja pela expropriação dos pequenos proprietários, seja pela baixa geração de postos de trabalho. A promessa do emprego farto vem sendo desmascarada por pesquisadores Brasil afora.
Bela Gil fala sobre alimentação saudável como possibilidade de um ato político e questiona o fato do agronegócio ditar o que colocamos em nossa mesa.
#ComidaSemVeneno