Tag agronegócio

De interesse de representantes do agronegócio, a …

De interesse de representantes do agronegócio, a proposta é criticada por pesquisadores e movimentos que pedem o banimento do uso desses produtos. O projeto dispõe sobre a regulamentação do uso de defensivos e demais produtos de controle ambiental. Na opinião do pesquisador Marcelo Firpo Porto, da Associação Nacional da Agroecologia, a medida representaria um retrocesso, tendo em vista a tendência mundial de abandono do uso desses produtos. "Há um movimento crescente de redução e o caminho aponta para o banimento do uso dessas substâncias. Como pode o Brasil caminhar na direção contrária"?, questiona.

Cuidado, veneno! Três catástrofes em termos de saúde pública se aproximam de nós

Por Larissa Mies Bombardi C. P. C. A. P. V. e Coordenadora do Laboratório de Geografia Agrária USP

Vivemos um momento muito peculiar de nossa trajetória histórico-política.

De alguma forma, esta peculiaridade pode ser traduzida por três propostas políticas em voga que têm como pano de fundo o fortalecimento e consolidação do “agronegócio” e da indústria química em contraposição a um projeto maior, que visaria o bem comum: a saúde da população e do ambiente.

Eduardo Galeano, no prefácio à edição brasileira de 2010 de “As Veias Abertas da América Latina”, trouxe uma reflexão sobre a inserção dos países latino-americanos na economia mundial que define exatamente os perigos aos quais estamos sujeitos neste momento histórico:

"A independência se restringe ao hino e à bandeira, se não se fundamenta na soberania alimentar. Tão só a diversidade produtiva pode nos defender dos mortíferos golpes da cotação internacional, que oferece pão para hoje e fome para amanhã. A autodeterminação começa pela boca." (Galeano, 2010, p. 5)

A autoderminação começa pela boca!!

Katia Abreu e seu “companheiro de lutas pela …

Katia Abreu e seu "companheiro de lutas pela agropecuária" Ronaldo Caiado expõem as rachaduras por dentro do agronegócio. Ao mesmo tempo, a CNA, antes presidida pela própria Kátia Abreu, promete boicote ao lançamento do Plano Safra da ministra, que propõe adiantá-lo para semana que vem. -- do Valor Com o argumento de que as entidades que representam os diferentes elos das cadeias produtivas do agronegócio não participaram até agora das discussões do Plano Safra 2016/17, fontes do setor aconselharam a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, a desistir de antecipar seu lançamento para 4 de maio. Os convites para a cerimônia, disparados na terça­feira pela própria ministra, causaram surpresa, e já ganha força um movimento de boicote à solenidade, liderado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A quem lhe pergunta sobre a possibilidade de adiar o anúncio do Plano Safra, Kátia tem respondido, em tom de brincadeira: "Falem com o Henrique Meirelles depois que ele resolve". Meirelles é cotado para o Ministério da Fazenda caso a presidente Dilma seja impedida de continuar no cargo e o vice Michel Temer assuma o seu lugar. O Valor apurou que a ministra não descarta desistir de antecipar o anúncio do Plano Safra, mas que ela quer garantir recursos para o crédito subsidiado antes de uma provável saída do governo caso Dilma sofra o impeachment. Kátia e sua equipe técnica têm se esforçado para manter nos mesmos níveis do Plano Safra 2015/16 as taxas de juros das principais linhas de crédito ofertadas. Mas o Ministério da Fazenda não definiu se acatará a proposta, já que a atual taxa básica de juros (Selic), fixada em 14,25% ao ano, é superior a que vigorava em maio do ano passado (13,25%). No geral, a expectativa é que o Plano Safra 2016/17 garanta novo aumento no montante de recursos destinado ao custeio agrícola e pecuário e tenha menos recursos para investimentos ­ embora o Moderfrota, linha voltada para a aquisição de maquinas e equipamentos agrícolas, deva ser reforçado. Kátia Abreu também avalia se incluirá no novo plano uma proposta que já vem sendo trabalhada pelo ministério e pela bancada ruralista do Congresso, que é indexar Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) em dólar para atrair investidores estrangeiros ao agronegócio e facilitar emissões desses títulos por produtores rurais. A medida depende, contudo, de uma emenda incluída na Medida Provisória 701, que tramita no Congresso e precisa ser aprovada pelos plenários da Câmara e do Senado. A MP dificilmente será aprovada antes do fim de maio.

A notícia é ainda do dia 15 de abril, mas ajuda …

A notícia é ainda do dia 15 de abril, mas ajuda a entender algumas posições do agronegócio em relação ao processo de Impeachment. Sobretudo, explica um pouco o afinco com que Kátia Abreu vinha defendendo o governo. Ela passa longe de ser uma unanimidade entre grandes setores ruralistas, e com uma possível saída de Dilma perderia seu cargo no ministério.

VI Semana Zé Maria do Tomé

VI Semana Zé Maria do Tomé: Pela memória do grande lutador Zé Maria, assassinado pelo agronegócio, morto por lutar contra os agrotóxicos, vivo em todas e todos que seguem sua missão. Zé Maria, presente!

MST e MPA realizam protesto na CNA …

MST e MPA realizam protesto na CNA Neste momento, cerca de 1000 militantes do MST e MPA realizam protesto em frente a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Símbolo do agronegócio, a CNA é reconhecida por suas inúmeras defesas ao latifúndio e é conivente com a violência no campo. "O modelo de agricultura defendido pela CNA é baseado no uso de venenos, que contamina a nossa alimentação. Incentiva a agricultura voltada para commodities, que não alimenta o povo brasileiro e ainda trabalha contra várias políticas de reforma agrária, através da sua atuação por lobby", explica Atiliana Brunetto, integrante da coordenação nacional do MST. O protesto lembra os 20 anos do Massacre a Eldorado dos Carajás, onde 21 Sem Terras foram assassinados no Pará. Na última quinta, mais dois Sem Terras também foram assassinados no Paraná, em uma emboscada realizada pela PM do Paraná e os seguranças da empresa Araupel. O caso foi denunciado ontem à ONU. Foto: mídia ninia

Amanhã ocorrerá o lançamento do Caderno de …

Amanhã ocorrerá o lançamento do Caderno de Conflitos no Campo de 2015, pela Comissão Pastoral da Terra. Num momento de escalada da violência contra Sem-Terra, quilombolas e indígenas, esta publicação é fundamental peça de denúncia do modelo agrário brasileiro. Através destes relatórios, podemos dizer com toda certeza: o agronegócio mata. Só em 2014, foram 36 mortes documentadas em conflitos no campo, o maior número desde 2005. Mas o agronegócio também rouba água: foram 127 conflitos pela água em 2014, 50% de aumento em relação à 2013. E nesse caso estão incluídas situações onde comunidades perdem o acesso à água por conta da contaminação por agrotóxicos. Assim que saírem os número de 2015, divulgaremos aqui.

Agrotóxicos: o veneno que o Brasil ainda te incentiva a consumir

Brasil permite uso de pesticidas proibidos em outros países e exonera os impostos dessas substâncias

por Marina Rossi, do El País

O morango vermelho e carnudo e o espinafre verde-escuro de folhas largas comprados na feira podem conter, além de nutrientes, doses altas demais de resíduos químicos. Estamos em 2016 e no Brasil ainda se consomem frutas, verduras e legumes que cresceram sob os borrifos de pesticidas que lá fora já foram banidos há anos. A quantidade de agrotóxicos ingerida no Brasil é tão alta, que o país está na liderança do consumo mundial desde 2008. A boa notícia, é que naquele mesmo ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou a reavaliação de 14 pesticidas que podem apresentar riscos à saúde. A má notícia é que até agora os estudos não terminaram.

A essa morosidade somam-se incentivos fiscais. O Governo brasileiro concede redução de 60% do ICMS (imposto relativo à circulação de mercadorias), isenção total do PIS/COFINS (contribuições para a Seguridade Social) e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) à produção e comércio dos pesticidas, segundo listou João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O que resta de imposto sobre os agrotóxicos representam, segundo Olenike, 22% do valor do produto. "Para se ter uma ideia, no caso dos medicamentos, que não são isentos de impostos, 34% do valor final são tributos", diz.

Vida longa à nossa Campanha, que seja permanente …

Vida longa à nossa Campanha, que seja permanente até o fim dos agrotóxicos! "O uso de agrotóxicos é uma contradição do agronegócio porque, por um lado, não se consegue produzir monocultivos sem eles, mas seus efeitos na saúde e no meio ambiente são cada dia mais gritantes e difíceis de serem encobertos. Durante toda a sua cadeia, os agrotóxicos deixam um rastro de morte e doenças" #Campanha5anos

Campanha completa 5 anos de luta permanente contra os agrotóxicos e pela vida

Por Iris Pacheco - Foto: Renato Consentino
Da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida

Neste dia 07 de abril de 2016, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida completa 05 anos de luta e resistência contra uma das principais expressões do modelo agrário capitalista no país, o agronegócio.

O objetivo da campanha é denunciar o modelo que domina a agricultura brasileira por meio de sua principal contradição: os agrotóxicos. Assim, resultado de muitas iniciativas e articulações entre diversas organizações que desde 2010 vinham construindo uma rede em torno dessa perspectiva de luta unitária, a Campanha foi lançada em 2011 denunciando os impactos severos que os venenos causam na saúde humana e no meio ambiente.

Ao mesmo tempo em que a Campanha busca explicitar as contradições e malefícios gerados pelo agronegócio, ela também vem trazer um anúncio. Por isso traz em seu nome a Vida, colocando a agroecologia como paradigma necessário para construção de outro modelo de agricultura.

No dia 7 de abril de 2016, a Campanha Permanente …

No dia 7 de abril de 2016, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida completa 5 anos de existência. Para marcar a data, vamos divulgar durante a semana vídeos com diversas personalidades que se destacaram neste anos na luta contra os venenos. No primeiro vídeo, Maria Emília Lisboa Pacheco, presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA) fala sobre a importância da luta pelo PRONARA. O Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos foi elaborado a mais de um ano, mas segue engavetado por pressão do agronegócio. #Campanha5anos #PronaraJá http://www.contraosagrotoxicos.org/index.php/noticias/40-campanha/601-presidenta-do-consea-ressalta-importancia-de-lutar-pelo-programa-de-reducao-de-agrotoxicos

[Traduzido] Relatório importantíssimo sobre o …

[Traduzido] Relatório importantíssimo sobre o mercado do agronegócio. Segundo alerta do ETC Group, após a primeira onde de fusões/aquisições entre empresas de agrotóxicos e sementeiras, pode estar no horizonte a junção com empresas de maquinários e fertilizantes, mercados ainda maiores. A indicação é pressionar os órgãos anti-cartel de cada país. Vamos estudar e pensar nossas ações. Agradecimento especial pela tradução à leitora Vanessa Fortino!

Monsanto, voracidade infinita: Megafusões e ameças à soberania alimentar

Como evitar que os seis gigantes se tornem os “Três Titãs” dos negócios agrícolas

do ETC Group, traduzido por Vanessa Fortino

Como havia advertido pela ETC em maio do ano passado[i], e de novo em fevereiro deste ano[ii], as duas iminentes fusões das Seis Gigantes dos Agronegócio fariam inevitavelmente uma terceira associação. Nos últimos dias, os meios de comunicação informaram que a Monsanto negocia separadamente com Bayer e BASF – as dois gigantes alemãs do setor de insumos agrícolas. E enquanto os reguladores anti-monopólio observam criticamente os acordos entre DuPont e Dow, e entre Syngenta e ChemChina, a Monsanto necessita urgentemente se associar com alguém, com a esperança de que as autoridades deem lugar a outras duas megas fusões já que não poderão negar a Monsanto a oportunidade de fazer o mesmo.

Se as empresas conseguirem o que querem, as primeiras etapas da cadeia alimentar industrial (sementes e agrotóxicos) estarão nas mãos de apenas três empresas. Se for consumado o matrimônio Dupont-Dow  e Syngenta-Chem China, e a Monsanto se fundir com a área agrícola da Bayer, os três controlarão mais de 65% das vendas mundiais de pesticidas, e quase 61% das vendas comerciais de sementes. Se em vez disso, a Monsanto se unir a BASF, os “Três Titãs” controlarão quase 61% dos pesticidas e mais de 57% das sementes (Ver o gráfico).

De qualquer forma, será inevitável que se tenha uma quarta jogada. Seja quem for que vá ficar no altar, (Bayer ou BASF) teria que comprar ou vender, dado que não será possível de se enfrentar aos “Três Titãs”. Qualquer das opções poderiam ser irresistíveis para Deere & Co., ou qualquer outra das enormes empresas de máquinas agrícolas, que se encontram na melhor posição para dominar todos os abastecimentos agrícolas, desde as sementes e pesticidas até os fertilizantes, máquinas, dados e seguros. (Sobre essa possibilidade, ver o comunicado do grupo ETC  http://www.etcgroup.org/es/content/campo-jurasico)