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Transgênicos matam mais cedo e causam até três vezes mais câncer em ratos, diz estudo


Do UOL, em São Paulo

Ratos alimentados com alimentos transgênicos morrem antes do previsto e sofrem de câncer com mais frequência do que os outros animais da espécie, destaca um estudo publicado nesta quarta-feira (19) pela revista Food and Chemical Toxicology.

"Os resultados são alarmantes. Observamos, por exemplo, uma mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com organismos geneticamente modificados [OGM]. Há entre duas e três vezes mais tumores nos ratos tratados dos dois sexos", explicou Gilles-Eric Seralini, coordenador do estudo e professor da Universidade de Caen, na França.

Ciência Hoje: Paraíso dos agrotóxicos

 

O Brasil é a lixeira tóxica do planeta. Desde 2008, somos os maiores consumidores globais de insumos químicos para agricultura. Substâncias já proibidas em vários países encontram mercado fértil em terras brasileiras.

Por: Henrique Kugler

O Brasil vive um drama: ao acordar do sonho de uma economia agrária pujante, o país desperta para o pesadelo de ser, pelo quinto ano consecutivo, o maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Balança comercial tinindo; agricultura a todo vapor. Mas quanto custa, por exemplo, uma saca de milho, soja ou algodão? Será que o preço de tais commodities – que há tempos são o motor de uma economia primária à la colonialismo moderno – compensa os prejuízos sociais e ambientais negligenciados nos cálculos docomércio internacional?

“Pergunta difícil”, diz o economista Wagner Soares, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Bolsa de Chicago define o preço da soja; mas não considera que, para se produzir cada saca, são aplicadas generosas doses de agrotóxicos que permanecem no ambiente natural – e no ser humano – por anos ou mesmo décadas.

Veja a edição digital da revista

Agrotóxicos estão contaminando rios do Pantanal

O Pantanal Mato-grossense está cada dia mais prejudicado devido ao uso de agrotóxicos nas lavouras. A região, que desempenha um papel importante na conservação da biodiversidade, sofre com os resíduos de pesticidas no leito de rios, córregos, fundo de cachoeiras e lagoas no curso das águas.

A reportagem é do Portal Ciclo Vivo, 29-08-2012.

A situação foi detectada por pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso e da Embrapa Pantanal. Isso porque o Mato Grosso é o maior produtor de grãos do país e ao mesmo tempo em que produz em larga escala, o Estado aumenta a quantidade de venenos para conter as pragas.

Campanha contra os agrotóxicos faz pressão sobre os candidatos

Cada brasieliro consome, em média, 5,2 litros de veneno por ano - Foto: Idaf
Cada brasieliro consome, em média, 5,2 litros de veneno  por ano - Foto: IdafMovimento quer que aspirantes às prefeituras e às câmaras municipais enfrentem uso de veneno em alimentos

Maria Mello, para o Brasil de Fato

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida lançou um documento que pretende comprometer os candidatos brasileiros a prefeito e vereador nas eleições de outubro com iniciativas de enfrentamento ao uso de agrotóxicos e em favor da transição agroecológica nos âmbitos Executivo e Legislativo.

Cléber Folgado, integrante da Coordenação Nacional da Campanha, explica que além do aspecto formativo da iniciativa – com o objetivo de levar aos candidatos informações sobre a situação alarmante do uso de venenos agrícolas no país -, a carta-compromisso sugere que os políticos se empenhem, fundamentalmente, em proibir o uso de agrotóxicos banidos em outros países e a pulverização aérea de venenos, além de consolidar políticas públicas de incentivo à agroecologia. “É fundamental que candidatos nestas eleições possam se posicionar frente ao que se tornou um problema de saúde pública e de meio ambiente”, pontua.

Cartas de Buenos Aires: Condenada a pulverização com agrotóxicos

Sofía Gatica recebeu este ano o Goldman Environmental Prize, o Nobel Ambiental

Numa condenação considerada histórica, a justiça da cidade de Córdoba declarou delito penal as pulverizações com agrotóxicos em campos de soja cerca de bairros povoados. E condenou duas das três pessoas que foram levadas aos tribunais.

Trata-se do emblemático caso do bairro Ituzaingó Anexo, onde há 12 anos as famílias denunciam mortes e lesões em consequência do uso de agrotóxicos.

Sobre uma população de cinco mil habitantes, entre 2002 e 2009 morreram 272 pessoas, 82 delas de câncer. No mesmo período foram registrados 272 abortos e 23 crianças nasceram com malformações congênitas. Até setembro de 2010 se registram 143pessoas com câncer.

A pena, em si, foi uma decepção. Os moradores queriam cadeia para os produtores agropecuários Jorge Alberto Gabrielli e Francisco Parra, e para o agente pulverizador Edgardo Jorge Pancello, por usarem o herbicida glifosato e o inseticida organoclorado endosulfan.

Trabalhadores da cana em Sergipe correm risco na aplicação de veneno agrícola

Um estudo coordenado pelo Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE) e pela Fundacentro que avalia as condições de trabalho na produção de cana no Estado mostrou que a falta de capacitação para o manuseio e aplicação de agrotóxico nos canaviais sergipanos coloca em risco constante a vida dos trabalhadores e dos seus familiares. Pesquisa foi realizada de 2010 a 2012 em parceria com diversas instituições, como a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Federação dos Trabalhadores na Agricultura no estado de Sergipe, Secretaria de Estado da Saúde, EMDAGRO e Instituto Federal de Sergipe (IFS), e abrange seis usinas dos municípios de Capela, Japoatã, Nossa Senhora das Dores e Laranjeiras.

“Os agrotóxicos fazem bem à saúde e são nossos amigos”

"Quando a Anvisa faz uma reavaliação toxicológica de substâncias químicas, parte dos produtores alega que vetos causarão aumento de custos. Entendo o lado deles, mas aceitar algo que já mostrou que não é tão seguro assim é uma bomba-relógio prestes a explodir em algum momento. Isso sem considerar que, no Brasil, o lobby dos agrotóxicos é pesado. Daria uma filme ou novela tão engraçados e trágicos quanto o da indústria do tabaco. O problema seria encontrar financiador". Artigo de Leonardo Sakamoto.

Supermercados do RN rastrearão qualidade das hortaliças e frutas

A partir de setembro as hortaliças e frutas de pomar vendidas nos supermercados do Rio Grande do Norte terão a qualidade rastreada. Do cultivo até as gôndolas dos estabelecimentos, um sistema chamado Rama (Rastreabilidade de Alimentos e Monitoramento de Agrotóxicos) acompanhará todo o processo de produção aos quais as mercadorias são submetidas. "Há dois anos estamos buscando uma forma de combater o uso de agrotóxicos e produtos em excesso no hortifrutigranjeiro", destaca o presidente da Associação dos Supermercados do RN (Assurn), Geraldo Paiva Júnior.

Campanha é lançada na Zona da Mata mineira

Foli lançada no último sábado (25/8), em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a "Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida". A solenidade aconteceu no anfiteatro do Sindicato dos Bancários. O evento, organizado pelo Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais (Consea-MG), pela Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável - Zona da Mata III e pelo Movimento dos Sem-Terra (MST), alertou a população para os riscos do consumo destes produtos agrícolas.

Justiça Federal condena Monsanto por propaganda enganosa e abusiva


A 4ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) condenou a empresa Monsanto do Brasil a pagar indenização de R$ 500 mil por danos morais causados aos consumidores ao veicular, em 2004, propaganda em que relacionava o uso de semente de soja transgênica e de herbicida à base de glifosato usado no seu plantio como benéficos à conservação do meio ambiente. Ainda cabe recurso contra a decisão.

A empresa de biotecnologia, que vende produtos e serviços agrícolas, também foi condenada a divulgar uma contrapropaganda esclarecendo as consequências negativas que a utilização de qualquer agrotóxico causa à saúde dos homens e dos animais.

Decisão judicial reconhece a pulverização de agrotóxicos como crime

Um tribunal da província de Córdoba, na Argentina, condenou a 3 anos de prisão não efetiva um fazendeiro e um piloto que realizavam a pulverização de agrotóxicos em uma aérea ilegal. É o primeiro caso de condenação penal no país por pulverização.

A sentença condenou o produtor rural Francisco Parra por poluição ambiental punível com a Lei de Resíduos Perigosos. O piloto Pancello Edgardo foi considerado "co-autor do crime de contaminação ambiental".

No entanto, o produtor Jorge Gabrielli foi absolvido por insuficiência de provas contra ele. A decisão vem depois de uma década de denúncias por parte de organizações de bairro e ambientalistas nessa zona do país.