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O golpe do veneno – Portal Fórum

Por Márcia Lia é deputada estadual pelo PT de São Paulo. "A possibilidade de flexibilizar ainda mais o uso de agrotóxicos é uma decisão política que tem por base a extinção de todos os programas de distribuição de terra outrora bem-sucedidos. O plano é devolver para a elite do Brasil tudo que ela precisou compartilhar com os menos favorecidos: das cadeiras nas universidades as terras griladas, roubadas. O intento do governo Temer e seus aliados é criar um órgão que estará nas mãos das indústrias para regular o assunto – o que seria impensável em qualquer democracia! Querem reduzir nossa possibilidade de fiscalizar os impactos negativos que agrotóxicos geram a saúde tirando ou aparelhando a Anvisa e o Ibama na jogada. E é estrutural entender porque nós somos tão preocupados com esses químicos."

O agro é tóxico

A pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Márcia Sarpa, destacou as graves falhas na classificação toxicológica dos agrotóxicos pela Anvisa. Segundo ela, a agência utiliza um curto período de exposição ao veneno como critério de avaliação, desconsiderando os efeitos a longo prazo. “Ao longo de uma vida de 20 ou 30 anos de exposição qualquer um deles pode levar ao desenvolvimento de câncer”, alertou.

Governo lança Sistema Integrado de Gestão de Agrotóxicos nesta terça-feira

Este notícia é muito importante. Como já afirmamos várias vezes aqui, no Brasil não há controle algum sobre a venda de agrotóxicos. A construção de um SIA (Sistema de Informações sobre Agrotóxicos) passeia pelas gavetas da Anvisa há pelo menos 7 anos. Mas nunca saiu do papel. O Crea, que deveria fiscalizar o receituário, nunca se manifestou. Esperamos que a notícia do RS se efetivo, que os dados dalí gerados sejam públicos e que se espalhe pelo Brasil.

Defensivos agrícolas ou veneno?

Defensivos agrícolas ou veneno? Boa pergunta! "Outro estudo, promovido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, revelou o risco de exposição crônica de agrotóxicos em cultivos como arroz, feijão, soja e frutas, identificando 68 compostos que excediam o valor da ingestão diária aceitável, também de acordo com os limites determinados pela Anvisa. Apenas para ilustrar, a pesquisadora Jacqueline Mary Gerage identificou que dentre os 283 agrotóxicos estudados, o brometo de metila (BM) – pertencente à classe dos inseticidas, formicidas e fungicidas, e listado como extremamente tóxico – foi a substância com maior estimativa de frequência, segundo informa a Agência USP."

O retrocesso no controle dos agrotóxicos no Brasil

Como a Anvisa colaborou para tamanha boa notícia? Simples: alterou seus métodos de análise e conclusões. Agora, 1,11% dos alimentos apresentam risco agudo, o que mesmo assim não é pouco. A cada 100 pessoas, uma pode passar mal intoxicada ao ingerir um dos produtos monitorados. Antes, a metodologia dava destaque as amostras impróprias para consumo humano, que nesse último relatório foram de 19,7% em média. https://www.abrasco.org.br/site/noticias/ecologia-e-meio-ambiente/o-retrocesso-no-controle-dos-agrotoxicos-no-brasil/28221/

Governo pode autorizar agrotóxicos cancerígenos por medida provisória

A MP prevê que agrotóxicos que de cara causem efeitos crônicos gravíssimos como o câncer, distúrbios hormonais e reprodutivos ou malformações possam ser comercializados no Brasil. A nova redação dada a lei de agrotóxicos prevê que seja proibido o registro de agrotóxicos “que revelem um risco inaceitável de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica para características teratogênicas ou carcinogênicas ou mutagênicas”, mas também para danos ao aparelho reprodutor, retirando ainda a proibição por conta de distúrbios hormonais como previsto na lei de 1989.

Estudo identifica agrotóxicos mais frequentes em alimentos consumidos no Brasil | Brasil de Fato

A dieta dos brasileiros é rica em agrotóxicos, inclusive os mais tóxicos. Ao cruzar os dados sobre o que come habitualmente a população brasileira com a lista de agrotóxicos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a serem aplicados na cultura desses alimentos, pesquisa realizada na USP identificou 68 compostos que excediam o valor de ingestão diária aceitável de acordo com limites estabelecidos pela própria Anvisa.

Temer antecipa ‘pacote do veneno’ e proíbe Anvisa de se manifestar sobre agrotóxicos

Não resta mais dúvidas: Anvisa parece já passar as atribuições sobre agrotóxicos para o Ministério da Agricultura. "Para especialistas da área, a mudança no controle das informações faz parte de uma ação coordenada por representantes do agronegócio que trabalham para acelerar a tramitação e aprovação de projetos de lei que compõem o chamado pacote do veneno. São projetos que, entre outras coisas, vão facilitar a aprovação, o registro, a comercialização, a utilização, o armazenamento e o transporte de agrotóxicos, aumentando a presença dessas substâncias nas lavouras brasileiras."

Segundo pesquisa, das 283 substâncias encontradas nos alimentos, 68 excederam o limite de ingestão

Ótima entrevista com pesquisadora da USP, que mostrou que o LMR - Limite Máximo de Resíduos, e a IDA - Ingestão Diária Aceitável - são grandes furadas, como já desconfiávamos. A Anvisa estabele um Limite Máximo de Resíduos para cada agrotóxico. Tomando como base a dieta média da população, o estudo verificou que, ao ingerirmos diversos alimentos com diversos resíduos, a IDA é ultrapassada para 68 tipos agrotóxicos. Não existe uso seguro de agrotóxico, e não existe ingestão aceitável veneno. O que existe mesmo é uma necessidade urgente da transição para agroecologia.