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A região Sul consumiu 23% do total de …

A região Sul consumiu 23% do total de agrotóxicos comercializados no Brasil em 2013. Mais da metade foi consumida no Paraná (158 mil das 285 mil toneladas comercializadas na região) nas culturas de soja, milho, trigo, arroz , e fumo – esta, a que mais utiliza veneno. O estado é o maior fornecedor de fumo do país e tem expressiva participação na pecuária nacional.

O Rio foi o “laboratório” escolhido porque, …

O Rio foi o “laboratório” escolhido porque, segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) pesquisados pelo Greenpeace, a prefeitura não destinou nenhuma verba do Plano Nacional de Alimentação Escolar para agricultura familiar em 2014. Uma lei federal determina que este percentual seja de pelo menos 30%. Capitais como Porto Alegre e Belo Horizonte têm desempenho bem melhor, com percentuais, respectivamente, de 35,9% e 29,7% .

Análise encontra presença irregular de agrotóxico em merenda escolar do Rio

por Mariana Alvim, do Globo

RIO - O cardápio nas escolas municipais do Rio tem arroz, feijão, couve e outros produtos nutritivos. Mas, segundo uma análise do Greenpeace Brasil, pode ter também procimidona, metamidofós e mais “ingredientes” de nomes estranhos. Em uma pesquisa inédita, a organização adquiriu 20 amostras de alimentos, ou 40kg de comida, de um fornecedor da rede de ensino carioca. Na avaliação dos produtos, foram encontrados agrotóxicos em 60% das 20 amostras. E 45% apresentaram alguma irregularidade, como a presença de um pesticida proibido no Brasil, o metamidofós, que, de acordo com o Greenpeace, foi verificado em 10% das amostras.

Dentre as amostras, 35% apresentaram agrotóxicos não permitidos para aquela cultura específica. Em 20%, havia pesticidas acima do limite permitido. E, finalmente, 35% das amostras continham resíduos de duas ou mais substâncias diferentes — o que não é proibido mas, segundo especialistas, acende o alerta para um “efeito coquetel” cujos malefícios para a saúde ainda precisam ser estudados.

A pesquisa comparou dados da Agência Nacional de …

A pesquisa comparou dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que avalia toxicologicamente o uso de defensivos nos alimentos, com dados do Sistema Integrado de Gestão Rural da Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (SIGRA), que tem o mapeamento do uso de agrotóxicos por família assentada no Rio Grande do Sul. Os pesquisadores cruzaram esses dados em sete produtos: arroz, cenoura, laranja, maçã, morango, pimentão e pepino.

Consideramos essa uma lei antidemocrática porque …

Consideramos essa uma lei antidemocrática porque o Conass, que representa os secretários de saúde de todos os estados brasileiros, e o Conasems, que representa os secretários municipais de saúde de todo o Brasil, pediram para que o presidente vetasse essa lei. Então, se as autoridades de saúde municipais e estaduais são contra essa medida, ela é de interesse de quem? Essa é a primeira pergunta que fazemos. E depois nos perguntamos sobre a questão da eficácia dessa metodologia, porque já tem uma discussão acerca da problemática da pulverização aérea nas lavouras – soja, milho, algodão, arroz e trigo – e que deriva para a cidade. Imagine fazer pulverização sobre as cidades.

Pulverização de pesticidas por aeronaves não é solução para combater o Aedes Aegypti. Entrevista especial com Wanderlei Pignati

“O uso de veneno não é indicado para erradicar o mosquito Aedes Aegypti; é preciso combater os criadouros, os focos e fazer saneamento básico”, adverte o pesquisador.

do IHU

Imagem: Leve Bem

A Lei 13.301/2016, sancionada pelo presidente interino, Michel Temer, a qual autoriza o uso de aviões para a pulverização de substâncias químicas a fim de combater o mosquito Aedes Aegypti, é “antidemocrática”, diz Wanderlei Pignati à IHU On-0Line, porque é contrária às indicações feitas pelo Conselho Nacional de Saúde – CNS, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde – Conasems e Conselho Nacional de Secretários de Saúde – Conass.

De acordo com Pignati, essas entidades, juntamente com a Associação Brasileira de Saúde Coletiva - Abrasco, questionam a “eficácia da metodologia” de pulverização, já que essa prática tem causado uma série de problemas ambientais e à saúde, quando aplicada na agricultura.

Na entrevista a seguir, concedida por telefone, o pesquisador frisa que o enfrentamento do Aedes Aegypti requer uma discussão acerca de como o mosquito tem se proliferado nas cidades brasileiras. “Vários estudos demonstram que o Aedes acompanha lixo, acompanha péssimo saneamento básico. Portanto, tem que ser feita uma atuação direta em relação ao saneamento. Há quantos anos não se investe em saneamento básico no país?”, questiona. O pesquisador ressalta ainda que é preciso “controlar os óvulos do Aedes” e afirma que a “pulverização aérea matará somente os mosquitos adultos”.

Para AGU, pobre tem que comer veneno

Resposta ao parecer da AGU contrário ao fim das isenções de impostos para agrotóxicos.

Advocacia-Geral da União rejeita fim das isenções de impostos para agrotóxicos, afirmando que somente com venenos é possível produzir comida barata.

Com um vocabulário um pouco mais rebuscado, a Advocacia-Geral da União repetiu o discurso político ideológico do agronegócio: só é possível produzir alimento barato com muito veneno. Assim, a AGU acaba por afirmar, ainda que indiretamente, que comida de baixa qualidade, contaminada por agrotóxicos, deve alimentar a maioria da população. A comida saudável, sem agrotóxicos, seria destinada apenas a quem tivesse condições econômicas de comprar alimentos com custos maiores.  

Essa manifestação da AGU se deu na Ação Direta de Inconstitucionalidade do PSOL que questiona a constitucionalidade e a legitimidade jurídica das isenções fiscais dadas aos agrotóxicos no Brasil. A grande isenção de impostos para venenos agrícolas é um elemento fundamental para explicar a liderança de nosso país no consumo destas substâncias, mesmo sem ser o maior produtor agrícola, e utilizando cerca de 1/3 da área plantada dos Estados Unidos.

A ideologia política que fundamenta a posição da AGU, de que cobrar impostos sobre agrotóxicos elevaria o preço da comida, não leva em consideração uma série de aspectos econômicos e de saúde. A seguir, citam-se alguns aspectos da realidade econômico-social que desautorizam a postura da AGU:

Silvia Ribeiro, pesquisadora do ETC Group, comenta …

Silvia Ribeiro, pesquisadora do ETC Group, comenta a carta dos escrita pelos Prêmios Nobel apelando pelo fim das críticas ao arroz dourado. "São poucas as vezes em que tanta gente proeminente do âmbito científico assume sua ignorância em tão curto espaço. Assim é a carta pública que uma centena de ganhadores do prêmio Nobel publicou no dia 30 de junho defendendo os transgênicos, particularmente o chamado “arroz dourado” e atacando o Greenpeace por sua posição crítica a estes de cultivos. A missiva abunda em adjetivos apelativos e altissonantes, faz afirmações falsas e não dá argumentos, o que a faz parecer mais uma diatribe propagandística de empresas de transgênicos do que cientistas apresentando uma posição."

Prêmios Nobel à serviço da Monsanto e Syngenta

por Silva Ribeiro - Grupo ETC, traduzido pela Campanha Contra os Agrotóxicos.

São poucas as vezes em que tanta gente proeminente do âmbito científico assume sua ignorância em tão curto espaço. Assim é a carta pública que uma centena de ganhadores do prêmio Nobel publicou no dia 30 de junho defendendo os transgênicos, particularmente o chamado “arroz dourado” e atacando o Greenpeace por sua posição crítica a estes de cultivos. A missiva abunda em adjetivos apelativos e altissonantes, faz afirmações falsas e não dá argumentos, o que a faz parecer mais uma diatribe propagandística de empresas de transgênicos do que cientistas apresentando uma posição.

Para começar, o chamado arroz dourado (arroz transgênico feito para expressar a pró-vitamina A), que defendem com tanta ênfase, não existe. Não pelas críticas que tenha feito o Greenpeace e muitas outras organizações, mas porque seus promotores não conseguiram alcançar uma formulação viável, em que pese os quase 20 anos de pesquisa e mais de 100 milhões de dólares investidos. Tampouco conseguiram demonstrar que tenha efeito em aportar vitamina A.

Agrotóxicos: 70% dos alimentos in natura consumidos no Brasil estão contaminados

  

Audiência pública aconteceu na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul


Por Catiana de Medeiros
Da Página do MST
Fotos: Leandro Molina


Cerca de 70% dos alimentos in natura consumidos por brasileiros estão contaminados por agrotóxicos, sendo que 1/3 desses produtos, comprovadamente nocivos à saúde humana e ao meio ambiente, têm seu uso proibido no país. Estas informações foram apresentadas pelo Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, em audiência pública na última semana no Rio Grande do Sul, um dos estados que lidera o ranking do consumo desse tipo de substância no Brasil – são em média 8,3 litros ao ano por habitante, superando a média nacional, que está em 7,5 litros. O evento reuniu cerca de 200 pessoas, entre ativistas ambientais, agricultores e acadêmicos, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.


A palestra da audiência ficou por conta de Karen Friederich, doutora em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Karen reforçou que o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos e que nos últimos anos ocorreu um aumento expressivo do uso desses produtos nas lavouras brasileiras, principalmente do Glifosato, muito em função da liberação das sementes transgênicas.

Vandana Shiva: Batalha das Sementes e as ameaças da Monsanto contra a Natureza

 

 

Por  Vandana Shiva
Do Outras Palavras

 

O 22 de maio foi declarado Dia Internacional da Biodiversidade pela ONU. Isso oferece oportunidade de tomar consciência da rica biodiversidade desenvolvida por nossos agricultores, como cocriadores junto à natureza. Também permite tomar conhecimento das ameaças que as monoculturas e os monopólios de Direitos de Propriedade representam para nossa biodiversidade e nossos direitos.

 

Assim como nossos Vedas e Upanishads [os textos sagrados do hinduísmo] não possuem autores individuais, nossa rica biodiversidade, que inclui as sementes, desenvolveu-se cumulativamente. Tais sementes são a herança comum das comunidades agrícolas que as lavraram coletivamente. Estive recentemente com tribos da Índia Central, que desenvolveram milhares de variedades de arroz para o seu festival de “Akti”. Akti é uma celebração do convívio entre a semente e o solo, e do compartilhamento da semente como dever sagrado para com a Terra e a comunidade.

 

Agrotóxicos: o veneno que o Brasil ainda te incentiva a consumir

Brasil permite uso de pesticidas proibidos em outros países e exonera os impostos dessas substâncias

por Marina Rossi, do El País

O morango vermelho e carnudo e o espinafre verde-escuro de folhas largas comprados na feira podem conter, além de nutrientes, doses altas demais de resíduos químicos. Estamos em 2016 e no Brasil ainda se consomem frutas, verduras e legumes que cresceram sob os borrifos de pesticidas que lá fora já foram banidos há anos. A quantidade de agrotóxicos ingerida no Brasil é tão alta, que o país está na liderança do consumo mundial desde 2008. A boa notícia, é que naquele mesmo ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou a reavaliação de 14 pesticidas que podem apresentar riscos à saúde. A má notícia é que até agora os estudos não terminaram.

A essa morosidade somam-se incentivos fiscais. O Governo brasileiro concede redução de 60% do ICMS (imposto relativo à circulação de mercadorias), isenção total do PIS/COFINS (contribuições para a Seguridade Social) e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) à produção e comércio dos pesticidas, segundo listou João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O que resta de imposto sobre os agrotóxicos representam, segundo Olenike, 22% do valor do produto. "Para se ter uma ideia, no caso dos medicamentos, que não são isentos de impostos, 34% do valor final são tributos", diz.

Consulta pública da Anvisa: útlimo dia para banir dois agrotóxicos

Há duas semanas, conseguimos junto com vocês reforçar junto à Anvisa a necessidade de banimento do Carbofurano. Hoje, terminam as consultas do Tiram e do Lactofem, e a situação é mais difícil: a Anvisa recomendou manutenção deles no mercado, apesar de vários estudos apontaram problemas em ambos.

Lactofem: Herbicida utilizado na soja, e presente em produtos das empresas Bayer (Cobra), UPL (Coral), Nufarm (Drible) e Adama (Naja). Considerado cancerígeno, o produto é proibido na União Europeia (+).

Tiram: Fungicida autorizado para uso em diversas culturas alimentícias, como arroz, feijão, milho, trigo, ervilha, cevada e amendoim, além de soja, pastagens e algodão. É registrado pelas empresas Bayer (Derosal Plus, Rhodiauram), Macdermid (Anchor), Chemtura (Ipconazole), Masterbor (Mayran, Sementiram), Novozymes (Protreat) e Arysta (Vitavax). É considerado mutagênico, causa toxicidade reprodutiva e possui suspeita de desregulação endócrina, causando problemas hormonais. O produto foi voluntariamente retirado do mercado nos EUA (+).

Abaixo, o passo-a-passo para preencher a consulta de acordo com nossa posição. Preencha, não leva mais de 10 minutos!

CONTAGEM REGRESSIVA

CONTAGEM REGRESSIVA! ÚLTIMOS DIAS PARA AJUDAR A BANIR TRÊS AGROTÓXICOS DO BRASIL! O procedimento pode ser um pouco chato, mas é importante. O carbofurano, por exemplo, que pode ser encontrado na lavouras de arroz, feijão, milho, banana, tomate, repolho etc, apresentou potencial de modificar genes em animais de laboratório, alterar a composição química do cérebro destes e danos ao aparelho reprodutor. Além disso, a própria nota técnica da Anvisa sugere o banimento do carbofurano por este se revelar mais perigoso ao homem do que os testes de laboratório com animais tenham podido demonstrar. Essa substância está banida dos EUA, União Europeia e Canadá e restrita em vários outros países. É esse produto que você consumir no seu prato? As entidades defensoras dos agrotóxicos se mobilizaram contra o banimento do carbofurano. Há 700 pessoas que marcaram ser contra o banimento. Vamos nos mobilizar!!! TEMOS ATÉ O DIA 25/02 PARA PREENCHER A CONSULTA PÚBLICA. É super fácil: Formulário: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php… Atenção: a indicação da Anvisa para o Carbofurano é de banimento, portanto devemos concordar com a proposta. Preencha apenas os campos obrigatórios e na pergunta: De modo geral, qual sua opinião sobre a proposta de norma em discussão? * marque a opção Concordo com a proposta. Logo em seguida, na pergunta sobre impacto, marque Impacto positivo alto, e como justificativa sugerimos: “Menos agrotóxicos, mais saúde” http://www.contraosagrotoxicos.org/index.php/589-ajude-a-banir-3-agrotoxicos-agora