Tag Consea

Vazamento de agrotóxicos causa crime ambiental no norte do ES

O fato faz parte de série de crimes ocorridos em vários municípios do estado em decorrência da utilização dos agrotóxicos na agricultura.

O Espírito Santo é palco de mais um crime ambiental provocado pelo uso de agrotóxicos na agricultura. O fato ocorreu no início da semana passada (15/10), na comunidade de São João Bosco, município de Jaguaré, norte do estado, quando o agricultor, conhecido como Seu Ratinho, injetava veneno na irrigação para pulverizar seu cafezal. Ao desligar a bomba, a bóia que controlava a saída do veneno parou de funcionar, o que provocou o vazamento de todo o agrotóxico no córrego 16, contaminando a água e o solo da região.

O córrego 16 deságua no Jundiá, riacho que alimenta a represa de Jundiá, a principal fonte de abastecimento de água da cidade. A água do córrego é utilizada para a alimentação humana e animal, além de servir para irrigar as plantações dos agricultores.

Especialistas defendem a taxação dos agrotóxicos

Por Davi Lemos

A taxação dos defensivos agrícolas e a publicação nos rótulos dos alimentos da quantidade a que foram expostos são formas de controle do uso de agrotóxicos na produção defendidas por especialistas ligados ao Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e ao Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos (FBCA).

Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), referentes a análises de produtos colhidos em 2010, vegetais como pepino, cenoura, morango, pimentão e alface são os que apresentam o maior índice de contaminação por agrotóxicos.
Vale ressaltar que as amostras de pimentão são as que apresentam o percentual de contaminação por defensivos agrícolas mais elevado. Um total de 91,8% das amostras deste produto examinadas ou apresentavam contaminação por agrotóxico acima do permitido ou por substâncias proibidas no País.

“Agrotóxicos violam direito humano à alimentação adequada”

Alan Tygel
Alan TygelDe acordo com Alan Tygel, membro da Coordenação Nacional da Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, o agronegócio atua como propulsor no uso de agrogóxicos no país.

Há três anos, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de consumo de agrotóxicos no mundo. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dois terços dos alimentos consumidos, diariamente, pelos brasileiros estão contaminados pelos agrotóxicos, que contribuem para a insegurança alimentar da população e causam danos à saúde e ao meio ambiente.

Brasil é o vice-líder em produção de transgênicos

Mesmo regularizada somente em 2005, com a aprovação da Lei de Biossegurança pelo Congresso Nacional, a produção de alimentos transgênicos no País já é a segunda maior do mundo, com 30 milhões de hectares de plantações em todo o território brasileiro, de acordo com a última safra registrada este ano. Especialistas apontam que a soja é a principal responsável por esse crescimento na produção. Ao todo, 89% da soja produzida no País são geneticamente modificadas. Só os Estados Unidos têm uma plantação maior: 69 milhões de hectares.

“A pulverização aérea é o método de aplicação mais perverso que existe”, afirma deputado

A pulverização aérea de agrotóxicos causa polêmica: ao passo que os grandes latifundiários defendem essa forma de aplicação, movimentos sociais e organizações ambientais apontam para os riscos graves que ela causa nas pessoas e no meio ambiente. Em julho deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) publicou decisão no Diário Oficial restringindo a aplicação de mais de 50 agrotóxicos que continham os componentes midacloprido, clotianidina, fipronil e tiametoxam. 

Especialistas defendem a taxação dos agrotóxicos

Davi Lemos, A Tarde, Salvador/BA

A taxação dos defensivos agrícolas e a publicação nos rótulos dos alimentos da quantidade a que foram expostos são formas de controle do uso de agrotóxicos na produção defendidas por especialistas ligados ao Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e ao Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos (FBCA).

Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), referentes a análises de produtos colhidos em 2010, vegetais como  pepino,  cenoura, morango, pimentão e  alface são os que apresentam o maior índice de contaminação por agrotóxicos.

Vale ressaltar que as amostras de pimentão  são as que apresentam o percentual de contaminação por defensivos agrícolas mais elevado. Um total de 91,8% das amostras deste produto examinadas ou apresentavam contaminação por agrotóxico acima do permitido ou por substâncias proibidas no País.

Campanha é lançada na Zona da Mata mineira

Foli lançada no último sábado (25/8), em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a "Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida". A solenidade aconteceu no anfiteatro do Sindicato dos Bancários. O evento, organizado pelo Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais (Consea-MG), pela Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável - Zona da Mata III e pelo Movimento dos Sem-Terra (MST), alertou a população para os riscos do consumo destes produtos agrícolas.

O Brasil envenenado: alimentos para a vida ou para a morte?

Artigo de Thiago Lucas Alves da Silva, Professor de Geografia da Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro e de cursos preparatórios públicos e privados na mesma cidade. Licenciado em Geografia pela FFP-UERJ, Pós-graduado (Lato Sensu) em Políticas Territoriais no Estado do RJ (IGEO-UERJ) e Mestre em Ciências Sociais – Desenvolvimento, Sociedade e Agricultura pelo CPDA/UFRRJ.

Publicado originalmente em http://racismoambiental.net.br/2012/06/o-brasil-envenenado-alimentos-para-a-vida-ou-para-a-morte/

1-Uso de agrotóxicos no Brasil
Brasil é Bicampeão Mundial no uso de Agrotóxicos. Tanto em 2008 quanto em 2009, o Brasil foi o maior consumidor de agrotóxicos do mundo.

Na safra de 2008/2009, foram vendidos 7,125 bilhões de dólares em agrotóxicos. O uso dos agrotóxicos no Brasil é tão intenso que, fazendo uma distribuição da quantidade de veneno (920 milhões de toneladas) utilizado no ano de 2009 por habitante (192 milhões), chega-se à conclusão de que cada brasileiro consumiu uma média de 4,7 kg de agrotóxicos. Em 2010, mais de um milhão de toneladas (o equivalente a mais de 1 bilhão de litros) de venenos foram jogados nas lavouras, ou seja, cada brasileiro teria consumido estarrecedores 5,2kg/ano, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola (SINDAG, 2010). Vejamos abaixo como o Brasil chegou a esse título nada lisonjeador.

Seminário discute a questão dos agrotóxicos no Rio de Janeiro

Nos dias 4 e 5 de junho, será realizado, na ENSP, o Seminário de Enfrentamento aos Impactos dos Agrotóxicos na Saúde Humana e no Ambiente. A atividade, promovida pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), pela Escola Nacional de Saúde Pública, pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) entre outras instituições, pretende compartilhar experiências e formar uma rede em defesa da segurança e soberania alimentar e da proteção ao trabalhador contra os impactos dos agrotóxicos, visando à promoção da saúde ambiental e humana. O evento será aberto ao público, e as inscrições devem ser feitas na segunda-feira (4/6), a partir das 8 horas, no auditório térreo da ENSP, local onde será realizado o evento.

Com vistas à conferência Rio+20, que debaterá o atual modelo de desenvolvimento agrário e seus impactos socioambientais e à saúde, a Fiocruz convida profissionais de saúde, movimentos sociais do campo e a sociedade em geral a participar do seminário. Em 2011, no Brasil, foram registrados 8 mil casos de intoxicações por agrotóxicos, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Estima-se que, para cada caso notificado, existam 50 não registrados. Os agrotóxicos contaminam o ar, o solo, a água, a biota e os alimentos, causando efeitos danosos sobre o ambiente, a biodiversidade e os seres humanos trabalhadores e residentes do campo, das florestas e das áreas urbanas. A exposição aos agrotóxicos pode causar problemas como infertilidade, distúrbios do Sistema Nervoso Central, imunossupressão e câncer.

Organizações se mobilizam contra veto de Beto Richa à PL de incentivo à produção agroecológica e orgânica no PR

Retire $eu veto, Beto!
Retire $eu veto, Beto!
Projeto de Lei (nº 403/11) que dispõe sobre os incentivos à implantação de sistemas de produção agroecológica pelos agricultores familiares no Paraná foi vetado pelo Governador do Estado, Beto Richa, no final do mês de março. O veto foi dado dias após a aprovação do PL na Assembleia Legislativa, no dia 13 de fevereiro. A proposta já havia sido discutida em Audiência Pública em 2011, quando teve aval das entidades representativas dos agricultores familiares, além de ter recebido parecer favorável da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento – SEAB.

O argumento apresentado para o veto é de q ue o projeto não é de interesse público: “[...] Sendo assim, em virtude da importância do agronegócio para o estado do Paraná, cumpre ressaltar que nosso estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento – SEAB, já possui em seus programas ações pautadas na política de conservação ambiental, objeto do projeto de lei em tela, bem como detém legislação específica, em âmbito estadual, para o uso de agrotóxicos. [...] tem-se que a presente proposição é contrária ao interesse público”.

Senado discute Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos

22 de março de 2012

Uma audiência pública, realizada na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal, discutiu, nesta quinta-feira (22/3), o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (Para) da Anvisa. Os dados mais recentes do Programa apontaram que 28% das amostras analisadas estavam insatisfatórias. As principais irregularidades verificadas foram: presença de agrotóxicos não autorizados para a cultura analisada ou teores de resíduos de agrotóxicos em níveis acima dos autorizados.

Durante a audiência, o gerente geral de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles, ressaltou que o Para tem se firmado com uma ferramenta importante para auxiliar os gestores de saúde na tomada de decisões relacionadas a agrotóxicos. “O programa trabalha para que a qualidade dos produtos que chegam à mesa dos brasileiros seja a melhor possível. A presença de resíduos de agrotóxicos pode representar um risco”, afirmou Meirelles.

MG convoca seminário estadual

Com muitos esforços e dificuldades – já que, ao contrário do agronegócio, não contamos com nenhum financiamento – o Comitê Minas Gerais vai realizar o 1º Seminário Estadual, para 100 participantes, com caráter de formação e organização. As discussões terão…

Anvisa publica cartilha para evitar intoxicação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou uma cartilha com orientações para trabalhadores rurais que trabalham com agrotóxicos. O objetivo é que eles saibam como evitar intoxicações.



Clique aqui pra baixar a cartilha

De acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmcaológicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2009, foram registradas 188 mortes por agrotóxicos e 11.641 casos de intoxicação. O agrotóxico de uso no campo é a segunda causa de intoxicação no país, ficando atrás apenas dos medicamentos, que somaram 26.540 registros no mesmo ano.