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Na natureza, a prática da “financeirização” …

Na natureza, a prática da “financeirização” vincula os direitos fundamentais do ambiente saudável e o direito à vida ao criar mecanismos de pagamento por tudo aquilo que a natureza produz gratuitamente. A natureza nos fornece água, ar, terra, minérios, biodiversidade (florestas, fauna e flora) e não cobra por esse benefício providencial.

Paulo Kageyama: toda uma vida de luta!

Paulo KageyamaRecebemos hoje a triste notícia do falecimento de Paulo Kageyama. Professor titular da ESALQ/USP, nunca se limitou à universidade: atuou em defesa da agricultura familiar, inclusive dentro do governo, contribuiu no desenvolvimento da agroecologia junto aos movimentos sociais, especialmente o MST, e nos últimos anos se dedicou fortemente ao tema dos transgênicos. Foi membro da CTNBio, onde lutou com todas as forças contra a aprovação do eucalipto transgênico e do mosquito transgênico.

Perdemos um companheiro de luta, ganhamos uma inspiração e um motivo a mais para continuar nossa batalha.

Em sua memória, deixamos a homenagem feita por Leonardo Melgarejo:
           
Pensem numa pessoa gentil, respeitosa, com disposição e humildade para ouvir a todos, demonstrando que sempre haverá o que apreender, na escuta atenciosa do que cada um tem a dizer. Pensem em um PROFESSOR disposto a enfrentar escolas, insistindo, sempre, que os mestres devem aprender com os alunos. Que devemos desconfiar das tecnologias e estudar não para divulgá-las ou ganhar com elas, mas para filtrar seus efeitos a partir das respostas da natureza e da interpretação trazida pelos que com elas interagem, em sua vivência  cotidiana. Nosso líder na luta contra os transgênicos, Paulo Kageyama.

MST e MPA realizam protesto na CNA …

MST e MPA realizam protesto na CNA Neste momento, cerca de 1000 militantes do MST e MPA realizam protesto em frente a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Símbolo do agronegócio, a CNA é reconhecida por suas inúmeras defesas ao latifúndio e é conivente com a violência no campo. "O modelo de agricultura defendido pela CNA é baseado no uso de venenos, que contamina a nossa alimentação. Incentiva a agricultura voltada para commodities, que não alimenta o povo brasileiro e ainda trabalha contra várias políticas de reforma agrária, através da sua atuação por lobby", explica Atiliana Brunetto, integrante da coordenação nacional do MST. O protesto lembra os 20 anos do Massacre a Eldorado dos Carajás, onde 21 Sem Terras foram assassinados no Pará. Na última quinta, mais dois Sem Terras também foram assassinados no Paraná, em uma emboscada realizada pela PM do Paraná e os seguranças da empresa Araupel. O caso foi denunciado ontem à ONU. Foto: mídia ninia

Nada a comemorar. …

Nada a comemorar. No Dia Mundial da Saúde, aniversário da Campanha Contra os Agrotóxicos, 2 Sem Terra foram assassinados no Paraná, um na Paraíba, e Cacique Babau foi preso na Bahia. Em comum, os 4 lutam por um pedaço de chão para produzir alimentos saudáveis. A nossa luta contra os agrotóxicos e pela vida só pode ser iniciada com terra para o povo plantar. Enquanto o Estado não parar não para criminalizar nossas lutas, não vai ter agroecologia nem alimentos saudáveis para a população. Por nossos mortos, nem um minuto de silêncio, mas toda uma vida de luta!

O MST repudia a forma que o governo federal está …

O MST repudia a forma que o governo federal está tratando o tema da saúde no Brasil, com a mudança do Ministério da Saúde, que visa garantir acordos políticos e privilégios às empresas e corporações que seguem no rumo da privatização da saúde, do desmonte do SUS e do enfraquecimento das políticas e programas progressistas no campo da saúde coletiva, assim como as políticas de equidade, da participação popular e na formação de trabalhadores e trabalhadoras do SUS.

Campanha completa 5 anos de luta permanente contra os agrotóxicos e pela vida

Por Iris Pacheco - Foto: Renato Consentino
Da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida

Neste dia 07 de abril de 2016, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida completa 05 anos de luta e resistência contra uma das principais expressões do modelo agrário capitalista no país, o agronegócio.

O objetivo da campanha é denunciar o modelo que domina a agricultura brasileira por meio de sua principal contradição: os agrotóxicos. Assim, resultado de muitas iniciativas e articulações entre diversas organizações que desde 2010 vinham construindo uma rede em torno dessa perspectiva de luta unitária, a Campanha foi lançada em 2011 denunciando os impactos severos que os venenos causam na saúde humana e no meio ambiente.

Ao mesmo tempo em que a Campanha busca explicitar as contradições e malefícios gerados pelo agronegócio, ela também vem trazer um anúncio. Por isso traz em seu nome a Vida, colocando a agroecologia como paradigma necessário para construção de outro modelo de agricultura.

Saúde na mesa, dinheiro na mão do produtor: A escolha pelo orgânico no país do agrotóxico

Depois da luta pela terra, trabalhar com orgânicos foi uma conquista para Gorete | Foto: Yamini Benites
Depois da luta pela terra, trabalhar com orgânicos foi uma conquista para Gorete | Foto: Yamini Benites

Depois da luta pela terra, trabalhar com orgânicos foi uma conquista para Gorete | Foto: Yamini Benites

 

Gabrielle de Paula e Matheus Bertoldo*

 

O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos no planeta, atrás apenas dos Estados Unidos. A produção extensiva de commodities agrícolas faz do país o maior consumidor de agrotóxicos no mundo, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Mas há quem prefira se desenvolver respeitando a natureza e a saúde das pessoas. É o caso de Gorete Menezes e Olair Nunes, agricultores do assentamento Itapuí, em Nova Santa Rita (RS).

 

“Trabalhar com o alimento é trabalhar com a vida”

 

Gorete e Olair exibem uma grande diversidade de produtos plantados em sua lavoura sem nenhum agrotóxico: “Trabalhar com o alimento é trabalhar com a vida, é questão de respeito com a sociedade”, defende Olair. O casal faz parte da associação que trabalha com alimentos orgânicos no Itapuí, assim, as plantações ficam em meio à mata nativa da região e a policultura é incentivada para o enriquecimento do solo. João Pedro Stédile, membro da coordenadoria nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), garante que a entidade tem estimulado a agroecologia nos assentamentos: “Fazemos um enorme esforço para construir a matriz tecnológica da agroecologia nos assentamentos. Porém isso é um longo processo, que começa na necessidade de termos escolas de agronomia, de nível médio”.

Mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem …

Mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) está agora na Secretaria Estadual do Desenvolvimento Rural, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, para realizar uma audiência com representantes do governo do estado. As mulheres reivindicam a proibição do uso do agrotóxico 2,4-D e da pulverização aérea em assentamentos, além de seminário estadual para discutir o impacto dos venenos nas áreas de reforma agrária. #JornadaNacional #MulheresEmLuta