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A cooperativa que transformou o Brasil no maior produtor de arroz orgânico da América Latina

Com o passar dos anos, eles tiveram uma experiência bem assustadora com o uso de agrotóxicos. Um dos agricultores caiu no chão, tonto, escorrendo sangue pela boca e então começou uma nova era na cidade. Acabou essa história de veneno! Agora 100% da lavoura é orgânica. Hoje a Coopat trabalha com 400 famílias assentadas do Rio Grande do Sul que formam a maior marca de arroz orgânico da América Latina: a Terra Livre. Totalmente produzida em assentamentos de reforma agrária!

Extinção de abelhas afeta cadeia alimentar

A bióloga e professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) Generosa Sousa Ribeiro estima que pelo menos 15 mil colmeias tenham sido extintas nos últimos cinco anos. A dimensão desse extermínio é catastrófica, podendo ultrapassar 1 trilhão de insetos no país. Os casos, que se multiplicam em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, têm levado agricultores a alugarem enxames ou optarem pela polinização manual, enquanto nos Estados Unidos cientistas da Universidade de Harvard tentam desenvolver uma abelha-robô.

‘A Assembleia é do povo e ele tem que participar dos debates que ocorrem aqui’

O novo presidente da Assembleia destaca três causas que pretende promover por meio de debates em Porto Alegre e no interior: qual é o papel do Estado; o modelo agrícola vigente, com atenção especial para a relação entre produtor e consumidor, o uso excessivo de agrotóxicos e a qualidade dos alimentos que consumimos; igualdade de gênero e violência contra a mulher. “Em quatro anos, 278 mulheres foram assassinadas no Rio Grande do Sul, a maioria dentro de sua própria casa. Essas são algumas das causas que queremos eleger e buscar soluções para as mesmas em conjunto com os demais poderes do Estado e com a população”, exemplifica.

| Programa de Rádio …

| Programa de Rádio Na primeira reportagem convidamos os nossos ouvintes a viajar para a Região Sul, especificamente pelo Litoral Norte do Rio Grande do Sul e saber como o Sistema Participativo de Conformidade Orgânica, que garante o selo de produto orgânico, tem contribuído para fortalecer a agricultura familiar livre de veneno na região.

Movimentos populares e entidades que formam o …

Movimentos populares e entidades que formam o Comitê Gaúcho da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida e a Frente Parlamentar em Defesa da Alimentação Saudável realizam, nesta sexta-feira (2), a atividade “Abraço ao Rio Gravataí”, na região Metropolitana de Porto Alegre (RS). A ação faz parte das atividades que marcam o Dia Mundial de Luta contra os Agrotóxicos, celebrado neste sábado (3).

Representantes da Frente Parlamentar Gaúcha em …

Representantes da Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Alimentação Saudável, organizações sociais e movimentos populares realizaram uma reunião, nesta quinta-feira (10), para retomar as atividades do comitê da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida no Rio Grande do Sul. Na ocasião, foi pensado um cronograma de atividades para alertar a população sobre os malefícios que o uso de venenos gera à saúde humana e ao meio ambiente. Entre as ações previstas está uma grande mobilização, no mês de dezembro, para marcar o Dia Internacional de Luta contra os Agrotóxicos. Fotos: Leandro Molina.

Fórum para combater agrotóxicos é fundado em São Paulo

Pimentões à venda no Ceagesp, em São Paulo

02/09/2016 02h01 - Por Mara Gama

Pimentões à venda no Ceagesp, em São PauloNo início da semana, foi criado em audiência pública na cidade o Fórum Paulista de Combate ao Impacto dos Agrotóxicos e Transgênicos. Seu objetivo principal é fomentar o debate sobre o uso de agrotóxicos, analisar seus impactos, estabelecer estratégias de fiscalização e atuação institucional no combate ao uso inadequado dessas substâncias.

Grupos de defesa do consumidor, representantes da Defensoria Pública do Estado, da Defensoria da União, do Ministério Público Federal, pesquisadores, organizações sociais como a Aliança pela Água e sindicais como a CUT integram o fórum.

Há sete anos o Brasil é líder no uso de agrotóxicos do mundo. Muitas substâncias vetadas em outros países continuam sendo vendidas por aqui. O poder da indústria de defensivos é enorme.

O consumo médio mensal per capita é de 5,2 kg de veneno agrícola no país. Só o estado de São Paulo absorve 4% da produção mundial. Malformações, intoxicações, alguns tipos de câncer, empobrecimento do solo e contaminações são efeitos graves atribuídos ao uso massivo dessas substâncias na agricultura.

A pesquisa comparou dados da Agência Nacional de …

A pesquisa comparou dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que avalia toxicologicamente o uso de defensivos nos alimentos, com dados do Sistema Integrado de Gestão Rural da Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (SIGRA), que tem o mapeamento do uso de agrotóxicos por família assentada no Rio Grande do Sul. Os pesquisadores cruzaram esses dados em sete produtos: arroz, cenoura, laranja, maçã, morango, pimentão e pepino.

Alto índice de agricultores gaúchos com câncer põe agrotóxicos em xeque

Falta da proteção necessária é um dos principais problemas
  BBC Brasil  
Falta da proteção necessária é um dos principais problemas
Falta da proteção necessária é um dos principais problemas

 

PAULA SPERB, na FSP
BBC BRASIL

O agricultor Atílio Marques da Rosa, 76, andava de moto quando sentiu uma forte tontura e caiu na frente de casa em Braga, uma cidadezinha de menos de 4.000 habitantes no interior do Rio Grande do Sul. "A tontura reapareceu depois, e os exames mostraram o câncer", conta o filho Osmar Marques da Rosa, 55, que também é agricultor.

Seu Atílio foi diagnosticado há um ano com um tumor na cabeça, localizado entre o cérebro e os olhos. Por causa da doença, já não trabalha em sua pequena propriedade, na qual produzia milho e mandioca. Para ele, o câncer tem origem: o contato com agrotóxicos, produtos químicos usados para matar insetos ou plantas dos quais o Brasil é líder mundial em consumo desde 2009.

"Meu pai acusa muito esse negócio de veneno. Ele nunca usou, mas as fazendas vizinhas sempre pulverizavam a soja com avião e tudo", diz Osmar.

Entidades defendem no STF lei que protege a saúde da população contra os agrotóxicos

Para proteger o meio ambiente e a saúde da população, a legislação dispõe que os agrotóxicos importados não podem ser cadastrados no órgão estadual de meio ambiente se não tiverem seu uso autorizado no país de origem

* Por Efendy Emiliano Maldonado com colaboração de Leandro Scalabrin


No início deste mês de maio a Via Campesina, a Cooperativa Agroecológica Nacional Terra e Vida (COONATERRA – BIONATUR); a Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo (CDHPF); o Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (Ingá); o Núcleo Amigos da Terra Brasil; a Terra de Direitos e a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN), protocolaram no Supremo Tribunal Federal, por meio da assessoria da Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares, seu pedido de admissão na qualidade de Amicus Curiae nos autos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (Adfp) nº 221 – para defender a lei estadual e decretos do Rio Grande do Sul que restringem a distribuição e comercialização de agrotóxicos e biocidas importados em território gaúcho.

Para proteger o meio ambiente e a saúde da população, a legislação dispõe que os agrotóxicos importados não podem ser cadastrados no órgão estadual de meio ambiente se não tiverem seu uso autorizado no país de origem. Trata-se de uma legislação avançada que adota o mecanismo da “extraterritorialidade” no que tange a atuação de empresas transnacionais, dispondo que elas só podem comercializar no Brasil, produtos que comercializa no seu país de origem.

O Partido Democratas (DEM), ingressou no STF com Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 221, para invalidar a lei gaúcha. O DEM tem o apoio do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), da  Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), da  Associação Brasileira da Indústria de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (ABIFINA) e da Associação Brasileira dos Defensivos (AENDA).

Agrotóxicos no RS …

Agrotóxicos no RS Um dos problemas enfrentados no estado tem relação com os municípios considerados silenciosos e o registro de intoxicações por agrotóxicos. Segundo a médica do Trabalho do CEVS, Virgínia Dapper, na maioria das vezes, os agricultores não buscam atendimento médico, o que dificulta a obtenção de dados concretos sobre os casos de contaminação. Entre os municípios considerados silenciosos no RS estão Bagé, Santo Ângelo, Ijuí e Palmeira das Missões, locais onde há grande concentração de latifúndios.