Tag agroecologia

Agroecologistas divulgam dossiê contra projeto dos agrotóxicos; produtores rebatem

Pesquisadores da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e da Associação Brasileira de Agroecologia lançaram, nesse sábado (28), uma versão atualizada do dossiê científico contra o projeto de lei que tramita no Congresso Nacional, que busca flexibilizar o uso de agrotóxicos no Brasil. O documento apresenta 15 notas técnicas contrárias ao projeto conhecido como PL do Veneno. O vice-presidente da Associação Brasileira de Agroecologia, Paulo Peterson, rebateu o argumento de que sem agrotóxicos não há como combater as pragas nas lavouras.

Vereadores orientam escolas quanto à distribuição do ‘Agrinho’

Disfarçado de um programa de educação ambiental, o Agrinho ensina as crianças do campo a usarem agrotóxicos. “Pedagogicamente, o programa é uma aberração. Ao afirmar soberanamente um único modelo de agricultura (com uso indiscriminado de venenos), ignora outros modelos realmente sustentáveis, tal como a agricultura orgânica, agroecologia, permacultura, etc.”, destaca o texto.

Saúde Coletiva e Agroecologia no Abrascão 2018 – ABRASCO

As conexões entre os campos da Saúde Coletiva e Agroecologia tem despertado o interesse de cada vez mais sanitaristas e agroecólogos no Brasil com temas interdisciplinares e interdependentes. O Grupo Temático Saúde e Ambiente (GTSA/Abrasco) preparou um levantamento de atividades da programação do 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva – Abrascão 2018 – incluindo as atividades que serão realizadas na Uerj, durante o pré-congresso, que abordarão sobre as relações entre Saúde e Agroecologia ou podem contribuir nesse sentido. Para o GTSA/Abrasco, a agroecologia é a única maneira de conseguir que a produção agrícola seja compatível com o meio ambiente e com a Saúde Coletiva enquanto ferramenta de compreensão do processo de adoecimento no contexto da sociedade brasileira.

Na contramão do Pacote do Veneno, PNaRA avança na Câmara

A PNaRA, que vem na contramão do Pacote do Veneno – aprovado pela Comissão Especial da Câmara no último dia 25 – propõe ainda que os órgãos públicos federais de saúde, agricultura, trabalho, indústria e comércio e meio ambiente realizem ações integradas para a fiscalização da importação, da produção, da comercialização e do uso dos agrotóxicos. Essa integração poderá ser replicada para os entes federados, estaduais e municipais, seguindo o processo adotado no plano federal. “Não estamos falando de uma substituição radical da agricultura tradicional por uma agricultura agroecológica. As duas vão coexistir por algum tempo. Aqui não se fala de eliminação dos agrotóxicos, mas de diminuição, adequação…”, afirmou Bianchini.

Comissão da Câmara pode votar PL do veneno nesta terça – ABRASCO

Mês passado a Abrasco e a Associação Brasileira e Agroecologia – Aba, com o apoio da Fiocruz, organizaram o “Dossiê Científico e Técnico contra o Projeto da Lei do Veneno (PL 6299/2002) e a favor do Projeto de Lei que instituiu a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos”. O dossiê é uma compilação de 15 notas técnicas já lançadas contra a PL 6299/2002 e busca dar embasamento científico para as discussões sobre o tema. Nele, também é analisada a única Nota Técnica a favor da PL, que ainda assim apresenta ressalvas em relação ao projeto.

Comissão especial debate política de combate ao uso de agrotóxicos no Brasil

"Esta comissão tem o desafio de repensar esse modelo do ponto de vista da política de financiamento, para onde você vai investir e valorizar a perspectiva da agroecologia", explica o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), integrante do grupo de trabalho da Comissão Especial, que continua, reafirmando que a discussão vai além dos setores diretamente ligados à temática: "nós precisamos fazer com que a produção de orgânicos ou a perspectiva da agroecologia não seja tratada do ponto de vista da política como um nicho", conclui o parlamentar.

Comissões

Um passo muito importante foi dado em maio deste ano: depois de intensa pressão popular, a Câmara dos Deputados finalmente instalou a Comissão Especial para discussão da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA) - uma porta que se abre e que nos dá a chance de realmente discutir o futuro da nossa agricultura e do nosso alimento. Logo mais, às 14:30, assista à primeira audiência da PNaRA. É só buscar por "Redução de Agrotóxicos", e às 14:30 terá o link para assistir. Estarão na mesa desse debate representantes das seguintes instituições: Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, Greenpeace, Ministério Público do Trabalho, Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO) e Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável.

Plenária das Comunidades quilombolas: Sem terra e Terrítório não há agroecologia

“Em minas existe cerca de 800 comunidades reconhecidas, apenas uma titulada, localizada no Vale do Jequitinhonha e, mesmo assim, esta comunidade foi relocada para a construção de uma hidrelétrica. Desse modo, a gente não considera o título. Aqui a gente enfrenta vários conflitos. A disputa pelos territórios é imensa. São vários empreendimentos, entre eles as monoculturas da cana, grãos, eucalipto, a criação de gado, as barragens, a mineração. A gente tem também a expansão imobiliária que afeta as comunidades próximas das cidades. Grande parte das comunidades de Minas gerais estão localizadas em áreas urbanas e possuem diversos conflitos. A gente tem discutido a questão dos quilombos urbanos, principalmente de estar inserindo estas comunidades nos Planos Diretores dos municípios. Outra questão grave é o imenso fechamento de escolas em comunidades quilombolas, e isso traz vários outros problemas, principalmente a desistência escolar da juventude, aumentando o êxodo rural. Também nesse contexto, está o aumento da violência e extermínio da juventude negra”.