Documentário de Amanda Costa e Fausto Borges mostra que dez anos após ação criminosa de pulverização aérea de agrotóxico em escola rural de Rio Verde (GO), crianças continuam vulneráveis aos impactos do agronegócio e seus venenos em comunidades do campo no estado. O crime segue sem a devida reparação e ainda provoca sérios danos à saúde das pessoas atingidas.
O documentário “Nem pop, nem top – um drama de saúde pública no centro do agronegócio” reporta a proximidade de agricultores com os pesticidas – legais ou não – utilizados em escala industrial numa das regiões mais pródigas do país na produção de grãos, o Sudoeste do Paraná. Em meio a uma aplicação de venenos cada vez mais mecanizada e anônima, no final dessa escala de produção estão mulheres, pequenas agricultoras. Suas famílias se integram à engrenagem do agronegócio por meio do arrendamento de terras ou pela proximidade com os grandes produtores.
A pequena Ana e sua avó vivem no campo e sofrem com os efeitos provocados pelo uso de agrotóxicos na região. Já adulta, ao reencontrar a velha casa onde viveu sua infância, Ana entende que a presença de sua avó ali é transcendental.
O documentário retrata trajetórias de vida de mulheres que participam ativamente dos movimentos agroecológicos no Brasil. Estas mulheres, engajadas na produção agroecológica, em diferentes regiões do país, buscam sua liberdade e independência. Neste processo elas questionam preconceitos presentes no imaginário social e lutam para dar visibilidade ao seu trabalho no interior da família.
O documentário “Agrofloresta é mais” retrata a história do acampamento José Lutzenberger – município de Antonina – Paraná. Tudo começou com a ocupação, pelo MST de uma propriedade localizada numa área de reserva ambiental. O desafio dos ocupantes era recuperar ambientalmente a área e assegurar a produção de alimentos para sobrevivência da comunidade através do sistema agroflorestal. O documentário “Agrofloresta é Mais“ registra esta experiência de organização da produção agroflorestal neste acampamento que se tornou referência na região.
Através da vida de Lídia, olhamos as diferentes dimensões que o agrotóxico causa nos planos individual e coletivo. A história é de Lídia, mas também é minha, é sua, é nossa. É do sistema de saúde. A sociedade está adoecida. E os agrotóxicos são, por assim dizer, uma das faces desse estado de coisas.
A nuvem se espraia pelas plantações. Em vez de molhar, seca. Ela não traz a chuva, traz o veneno. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de soja, algodão, milho e também um dos maiores consumidores de fertilizantes químicos e agrotóxicos. Nuvens de veneno expõe as preocupações com as consequências do uso desses agroquímicos no ambiente, especialmente, na saúde do trabalhador. Um documentário revelador que faz refletir sobre a forma que crescemos e sobre o tipo de desenvolvimento que queremos.
O Documentário narra cinco anos depois que uma aeronave da empresa Aerotex Aviação Agrícola Ltda., no dia 3 de maio de 2013, sobrevoou a Escola Municipal Rural São José do Pontal, localizada na área rural do município de Rio Verde/GO, “pulverizando”, com o veneno Engeo Pleno da Syngenta, aproximadamente 100 pessoas, entre elas crianças, adolescentes e adultos, que estavam na área externa do prédio em horário de recreio, onde algumas crianças e adolescentes, “encantados” com a proximidade que passava o avião, receberam elevadas “doses” de agrotóxico.
Em 3 de maio de 2013, a partir das 9 horas da manhã, uma aeronave da empresa Aerotex Aviação Agrícola Ltda., sobrevoou a Escola Municipal Rural São José do Pontal, localizada na área rural do município de Rio Verde/GO, “pulverizando”, com o veneno Engeo Pleno da Syngenta, aproximadamente 100 pessoas, entre elas crianças, adolescentes e adultos, que estava na área externa do prédio em horário de recreio. Algumas crianças e adolescentes, “encantados” com a proximidade que passava o avião, receberam elevadas “doses” de agrotóxico. Este não é um caso isolado. Esta é a realidade do agronegócio no Brasil.
Além de não conter agrotóxicos, o alimento agroecológico não comporta em si injustiças como expropriação da terra, trabalho infantil, contaminação dos trabalhadores rurais. A partir dessa premissa, O Veneno está na Mesa II apresenta alternativas viáveis para a produção de alimentos saudáveis, que respeitam a natureza, os trabalhadores rurais e os consumidores. Em todo o Brasil, iniciativas comprovam que é possível produzir alimentos de qualidade em sintonia com os ciclos naturais da terra e em respeito aos trabalhadores rurais. O filme mostra que o modelo de desenvolvimento que destrói o solo, polui o ar e contamina as águas transforma os…
O Brasil é o país do mundo que mais consome agrotóxicos: 5,2 litros/ano por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam à saúde pública. O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para os cidadãos, que consumem os produtos agrícolas. Só quem lucra são as transnacionais que fabricam os agrotóxicos. A idéia do filme é mostrar à população como estamos nos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio.