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Ibama proíbe pulverização do Fipronil, agrotóxico que mata abelhas

A decisão publicada pelo Ibama nos últimos dias de 2023, de proibir aplicação foliar em área total do Fipronil, deve ser celebrada como um passo importante na luta contra os agrotóxicos, e em especial na batalha pela vida dos insetos. Particularmente, ao acontecer um dia após a publicação do Pacote do Veneno como a nova de lei de agrotóxicos no Brasil, renova a certeza de que a luta vale a pena, mesmo diante de tantas derrotas.

A luta contra o Pacote do Veneno continua!

No raiar do dia 28 de dezembro de 2023, foi publicado no Diário Oficial a Lei nº 14.785/2023, que: Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem, a rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e das embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, de produtos de controle ambiental, de seus produtos técnicos e afins; revoga as Leis nºs 7.802, de 11 de julho de 1989, e 9.974, de 6 de junho de 2000, e partes de anexos das Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, e 9.782, de 26 de janeiro de 1999.

INCA emite nota pública contra o “PL do Veneno”

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) emitiu no dia 20 de dezembro uma nota pública expressando forte oposição ao Projeto de Lei 1.459 de 2022, conhecido como "Pacote do Veneno". O INCA recomenda o veto integral ao PL, visando a proteção da saúde e o bem-estar da população brasileira. O projeto, que recentemente foi aprovado do Senado brasileiro, está agora aguardando a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Conselho Nacional dos Direitos Humanos recomenda veto integral ao Pacote do Veneno

O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) emitiu nesta segunda (11)  recomendação ao presidente Lula pelo veto integral do  projeto de lei n.º 1.459/2022, conhecido como Pacote do Veneno.

De acordo com o documento, a indicação ao veto é devido às múltiplas violações de direitos humanos que a redação final, aprovada pelo Senado Federal em novembro passado, impõe, de forma desproporcional e grave, “sobre as futuras gerações, povos do campo, povos originários, por estarem suas disposições em absoluta desconformidade com os estândares internacionais de direitos humanos relacionados aos agrotóxicos”.

“Atlas dos agrotóxicos” apresenta dados que alertam para a piora do cenário com a aprovação do PL do Veneno

Na contramão da orientação de especialistas, ambientalistas e estudiosos do tema, o Brasil vai flexibilizar o uso dos agrotóxicos. O Projeto de Lei 1459/2022, conhecido também como PL do veneno, acaba de ser aprovado em plenário no Senado. Dados do “Atlas dos Agrotóxicos”, elaborado pela Fundação Heinrich Böll, revelam que o seu uso provoca danos de grandes proporções para a saúde humana. Os incentivos para o setor levam à perda de arrecadação bilionária para os cofres públicos, além do prejuízo incalculável para a perda da biodiversidade do solo.

Conferência sobre luta contra agrotóxicos denuncia e discute violências do agronegócio 

Nesta quinta-feira, 23 de novembro, ocorreu a conferência “Luta contra os Agrotóxicos: a vigilância popular como instrumento de denúncias e resistência nos territórios” da 20ª Jornada de Agroecologia, no campus Rebouças da UFPR. A reunião deu espaço para debate sobre as ameaças à vida trazidas pela contaminação por agrotóxicos, e as estratégias de enfrentamento à expansão do uso de veneno nos latifúndios.

Retrocesso: Pacote do Veneno é aprovado na Comissão de Meio e Ambiente no Senado

Na manhã desta quarta-feira (22), a Comissão de Meio Ambiente (CMA) no Senado Federal aprovou por unanimidade o controverso Projeto de Lei 1459/2022. O Pacote do Veneno cria um novo marco regulatório para os agrotóxicos, promovendo maior flexibilização no uso e liberação dos venenos, consequentemente, ampliando os números de intoxicações e mortes no território brasileiro pelas violações por agrotóxicos.

MPF entra com ação contra fazendeiros e empresa aérea para indenizar comunidade indígena em RR por pulverizações de agrotóxicos

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil pública pedindo a condenação de dois fazendeiros e de uma empresa aérea ao pagamento de R$ 1,024 milhão a título de indenização à comunidade Morcego por danos morais coletivos. Os réus são responsáveis por despejo reiterado de agrotóxicos, por meio de aeronave agrícola, em descumprimento à legislação ambiental e a ordem de interdição da atividade pela autoridade ambiental após autuação, implicando o atingimento direto das residências, plantações e até mesmo dos próprios moradores da comunidade indígena Morcego, situada na Terra Indígena Serra da Moça, região de Murupu, no município de Boa Vista (RR).

Brasil perde um dos maiores defensores da agroecologia, o professor Adilson Paschoal

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida se irmana com toda a rede agroecológica brasileira neste momento de perda de um dos nossos maiores mestres, o professor Adilson Paschoal. Com uma extensa obra acadêmica e um comprometimento incansável junto às comunidades, tanto dentro como fora da universidade, o professor Adilson desempenhou um papel fundamental na desconstrução do discurso promovido pelos defensores do modelo produtivo baseado em monoculturas, uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos e mecanização intensiva.

Agrotóxicos, saúde e agroecologia foram os temas de formação realizada com comunidades tradicionais no Pará

O Curso de Formação em Agrotóxicos, Saúde e Agroecologia foi promovido pela Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida em parceria com a FASE e Terra de Direitos,  junto com os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Santarém e de Mojuí dos Campos (STTR), Cáritas, Instituto de Saúde Coletiva/UFOPA e Núcleo de Agroecologia e Bem Viver na Amazônia/UFOPA, Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), e Associação de Moradores do Bairro Pérola do Maicá/AMBAPE e Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). 

Agroecologia, uma resposta eficaz à produção sem agrotóxicos

O agronegócio é frequentemente visto como sinônimo de produção agrícola em grande escala. No entanto, é crucial compreendê-lo não apenas como uma forma de agricultura, mas como um modelo que se sustenta a partir da apropriação dos recursos naturais e da biodiversidade, deixando um rastro de destruição por onde passa.  Ao mesmo tempo, a agroecologia se anuncia como uma alternativa a esse modelo, focada na defesa da vida, da saúde, da proteção ao ambiente e na soberania alimentar.